6 coisas que você precisa saber sobre esteatose hepática não alcoólica

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Confira as principais informações sobre a doença que afeta entre 20 e 30% da população adulta. Tire as suas dúvidas!

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1- O que é esteatose?

Esteatose é o termo usado para representar o acúmulo anormal de gordura em um órgão ou tecido. A esteatose hepática é definida pelo acúmulo de gordura em mais de 5% dos hepatócitos, principais células do fígado.

2- Quais são as causas da esteatose hepática?

A esteatose hepática não alcoólica é a causa mais comum e está relacionada a distúrbios do metabolismo, onde há resistência insulínica e excesso de circulação de gorduras no sangue com consequente excesso de oferta de gordura para o fígado. Estes distúrbios do metabolismo incluem o diabetes, pré-diabetes, hipotireoidismo, hipertensão, sobrepeso e obesidade, elevação de triglicérides e colesterol, condições de alta prevalência na população.

A esteatose hepática secundária ao uso excessivo de álcool também é muito frequente. Vale ressaltar que existem outras causas de esteatose hepática, como medicamentos, hepatites e outras desordens genéticas e metabólicas.

3- A esteatose hepática não alcoólica é frequente?

Sim, é uma condição muito frequente. Estima-se que 20 a 30% da população adulta tenha algum grau de esteatose hepática. E, infelizmente, 15% irão desenvolver um quadro mais sério de inflamação do fígado (esteato-hepatite).

4 – Qual a importância da conscientização da esteatose hepática não alcoólica?

Em primeiro lugar, essa doença geralmente não apresenta sintomas e tem uma evolução silenciosa. Portanto é descoberta através da ultrassonografia do abdome feita por outros motivos, ou mesmo por check-up, indicando que algo está errado com a saúde. Além disso, é uma condição que tem tratamento, que deve ser iniciado o mais precocemente possível para evitar a progressão da doença e suas graves e até fatais consequências.

5- Quais as possíveis consequências da doença hepática não alcoólica?

Ela é um fator de risco importante para cirrose hepática e câncer do fígado. Essa doença vem se tornando causa frequente de transplante hepático no mundo, pois um percentual significativo de pacientes evolui com perda da função do órgão. Além disso, a esteatose hepática não alcoólica e a esteato-hepatite aumentam o risco de doenças cardiovasculares, como infarto do coração ou derrame cerebral, problemas renais e outros tipos de tumores.

6- Qual é o tratamento da esteatose hepática não alcoólica e da esteato-hepatite?

A base do tratamento é a mudança do estilo de vida e o controle rigoroso dos distúrbios metabólicos.

A perda de pelo menos 3 a 5% do peso corporal já proporciona melhora da esteatose hepática. No entanto, para melhora da inflamação e das cicatrizes no fígado, é necessária a perda de pelo menos 10% do peso.

Não há dieta específica para o tratamento, invista em uma alimentação saudável e balanceada, rica em alimentos de verdade. Evite: bebidas artificiais adocicadas, alimentos ricos em gorduras trans, grande consumo de carboidratos refinados e grande consumo de gorduras saturadas.

A prática de atividade física por pelo menos 150 minutos por semana é essencial para sucesso no tratamento. 

Há também medicamentos que são frequentemente prescritos juntamente com as medidas de mudança do estilo de vida. Atualmente, existem vários estudos com medicamentos específicos em desenvolvimento para a doença.

 

Procure um médico especialista caso você ou algum conhecido seu tenha recebido este diagnóstico. A prevenção, o acompanhamento e o tratamento adequados fazem toda diferença.

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