Hepatomegalia: quando o fígado aumenta de tamanho
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A esofagite é uma inflamação no esôfago, tubo que liga a garganta ao estômago, que pode ser incômoda e prejudicar a qualidade de vida. A boa notícia é que o tratamento com medicamentos e ajustes nos hábitos costumam ser bem-sucedidos.
1 – Quais são os sintomas da esofagite?
A esofagite costuma causar dor na parte superior do abdome ou no peito, dificuldade para engolir e dor no peito ao engolir. Também é comum que pessoas diagnosticadas com esofagite se queixem de tosse, arroto, náusea e regurgitação.
2 – O que provoca esofagite?
Mais de um fator pode desencadear um quadro de esofagite. Os mais frequentes são o acúmulo de ácidos do estômago dentro da área do esôfago, infecções, alguns medicamentos e alergias alimentares.
3 – Como é feito o diagnóstico?
O médico irá suspeitar do diagnóstico com base em um histórico clínico detalhado que inclui a caracterização dos sintomas. A endoscopia é o exame complementar de escolha, permitindo ao médico visualizar o interior do esôfago, sendo solicitada nos casos em que o médico considerar indicada.
4 – Quais são os tipos de esofagite?
A esofagite pode ser classificada em quatro tipos, cada um com uma origem diferente:
- Esofagite de refluxo: é considerada uma complicação da doença do refluxo gastroesofágico. Ocorre quando os ácidos estomacais que sobem até o esôfago com o refluxo causam uma inflamação crônica na mucosa.
- Esofagite de eosinófilos: os eosinófilos, células sanguíneas responsáveis pela defesa do organismo, concentram-se na região do esôfago em resposta à ação de um agente alérgico, causando a esofagite. É mais comum em pessoas com alergia alimentar e em adultos, mas também pode ocorrer em crianças desde os primeiros anos de vida.
- Esofagite causada por medicamento: alguns medicamentos podem agredir a mucosa do esôfago, principalmente se ficarem em contato com ela por muito tempo; isso acontece quando se toma o remédio com pouca ou nenhuma água.
- Esofagite infecciosa: é aquela provocada por uma infecção viral, bacteriana, fúngica ou parasitária. É a menos frequente e ocorre em pessoas com problemas de imunidade.
5 – Qual o tratamento para esofagite?
O médico precisa identificar a causa da esofagite para, em seguida, definir o tratamento, que na maioria das vezes envolve o uso de medicamentos. São indicados remédios que inibem a secreção gástrica, melhorando os sintomas e promovendo a cicatrização da esofagite, como os inibidores da bomba de prótons e os antiácidos.
Em casos graves de refluxo gastroesofágico, pode ser necessário realizar um procedimento cirúrgico para reparar a válvula que separa o esôfago do estômago.
No caso da esofagite de eosinófilos, a adoção de uma dieta balanceada e a eliminação do alimento que desencadeia a alergia são medidas importantes para resolver o problema.
Quanto à esofagite causada por medicamentos, é indicada a substituição dos remédios que podem ter causado o problema ou a troca por uma versão líquida.
Na esofagite infecciosa, o médico prescreverá o medicamento adequado para o tipo de infecção que desencadeou a doença.
6 – Quais são os fatores de risco para esofagite?
- Sobrepeso;
- Tabagismo;
- Gravidez;
- Hérnia de hiato;
- Doenças imunossupressoras.
Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em clínica médica, medicina interna, cardiologia e ecocardiografia. É cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.
