7 dúvidas sobre nevo melanocítico, as manchas benignas da pele

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A proliferação das células produtoras de melanina pode resultar no aparecimento de pintas e manchas na pele que não estão relacionadas ao câncer de pele. Você tem dúvidas sobre esse assunto? Confira agora mesmo as respostas para 7 perguntas frequentes sobre o tema:

1. O que é nevo melanocítico? 

Esse é o nome médico para o que popularmente se conhece como pinta ou mancha. Trata-se de um tipo de lesão cutânea benigna que surge devido à proliferação de melanócitos, as células responsáveis pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. O nevo melanocítico é uma pequena mancha castanha, marrom ou mesmo da cor da pele, que tem formato regular e pode ser plana ou saliente.

2. Em que partes do corpo ele pode aparecer?

Nevos melanocíticos são frequentes nas áreas expostas ao sol, como rosto, pescoço, braços e pernas, mas podem surgir em qualquer outra parte do corpo.

3. Quais são as causas?

As causas de nevos melanocíticos ainda não são bem compreendidas, mas sabe-se que fatores genéticos e exposição solar podem contribuir para o seu surgimento. Assim, pessoas de pele clara que têm cabelos ruivos ou louros e olhos claros são as que correm mais risco de desenvolver esse tipo de lesão.

4. Pintas na pele são normais? 

Em geral, sim, mas todas devem ser observadas com atenção, pois algumas podem ser lesões cancerígenas. Adultos podem ter entre 10 e 20 pintas, e os nevos inofensivos são simétricos, têm bordas regulares, o mesmo tom em toda a sua extensão e um diâmetro geralmente inferior a 6 milímetros.

Esses parâmetros são o que os dermatologistas chamam de ABCD das pintas, iniciais para assimetria, bordas, coloração e dimensão, quatro indicadores utilizados no diagnóstico de lesões, além de exames como a dermatoscopia.

5. Nevo displásico e nevo melanocítico são a mesma coisa?

Não. Menos frequentes, os nevos displásicos ou atípicos são maiores que os nevos melanocíticos e têm vários tons em sua extensão, além de bordas irregulares.

O nevo displásico deve ser acompanhado, pois é bastante semelhante à lesão provocada pelo melanoma, o tipo mais agressivo de tumor de pele. Algumas pesquisas indicam que pessoas que têm nevos displásicos correm mais risco de desenvolver melanoma.

6. Existe mais de um tipo de nevo melanocítico?

Sim, existem vários tipos, e estes são alguns deles: o nevo melanocítico intradérmico, o mais comum, que aparece no rosto e no tronco; o juncional, que se localiza na junção entre a epiderme (a superfície cutânea) e a derme (que fica abaixo da epiderme); o congênito, que é o nevo presente no nascimento, geralmente grande e escuro, podendo cobrir uma extensa área do corpo; o nevo melanocítico composto, uma combinação do juncional e do intradérmico; e o nevo halo ou nevo de Sutton, que é uma pinta envolta por um halo despigmentado.

7. Como é feito o tratamento?

Os nevos melanocíticos não precisam ser tratados, apenas acompanhados. Eles são lesões benignas, mas podem ser confundidos com nevos displásicos, que, por sua vez, têm aparência semelhante às lesões melanocíticas. Se houver suspeita de malignidade, o médico realiza a retirada da lesão e encaminha o material para análise anatomopatológica a fim de confirmar o diagnóstico.


Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em clínica médica, medicina interna, cardiologia e ecocardiografia. É cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.

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