Sangramento feminino: conheça causas, riscos e saiba quando procurar ajuda médica

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O sangramento uterino somente é considerado normal quando vem da menstruação. Em outras situações, como na gravidez, após relação sexual e fora do período menstrual, é preciso procurar um médico para investigar sua origem. 

De todo modo, sangramentos atípicos podem impactar negativamente a vida da mulher, tanto no aspecto físico e sexual quanto no emocional. Nesta matéria, confira diferentes tipos de sangramento! 

Sangramento na gravidez

Durante a gravidez, a mulher não menstrua. Logo, qualquer sangramento deve ser comunicado ao obstetra. Um dos sinais da ameaça de aborto é o sangramento moderado ou leve, que pode ou não ser acompanhado de cólicas fracas. 

A maioria dos casos de aborto ocorre antes da 12ª semana de gestação. O aborto é classificado espontâneo ou natural quando a gravidez é interrompida até a 22ª semana de forma involuntária. 

Sangramento em mulheres não grávidas

Quando mulheres apresentam um fluxo menstrual muito intenso, semelhante a um quadro hemorrágico, após exclusão de gestação, devem ser investigados outros fatores, como: risco para câncer de endométrio, problemas de coagulação, medicações em uso, síndrome dos ovários policísticos, resistência insulínica, doenças da tireoide, lesões da vagina ou colo do útero, além do tamanho do útero.   

O objetivo do tratamento é a redução do fluxo menstrual, melhorando a qualidade de vida. Em fase aguda do sangramento, o tratamento deve ser imediato a fim de estabilizar a paciente.  

O uso de anticoncepcional oral pode causar um sangramento no padrão escape, que são pequenos sangramentos não relacionados ao ciclo menstrual. Essa condição é mais frequente quando há o uso de anticoncepcionais orais com baixas doses do hormônio estrogênio e nos três primeiros meses de uso de pílula.  

Sangramento após relação sexual

Existem alguns sangramentos femininos que não se originam do útero, mas, sim, da vagina. A primeira relação sexual da mulher, por exemplo, pode vir acompanhada de sangramento devido ao rompimento do hímen (fina membrana que protege a entrada da vagina) durante a penetração do pênis.  

Em mulheres sexualmente ativas, algum episódio de sangramento após uma relação ocorre por motivos como secura vaginal por falta de lubrificação (durante o ato sexual, o pênis pode causar pequenos machucados).  

Infecções sexualmente transmissíveis causam inflamação nas paredes da vagina, o que pode levar a pequenas feridas que sangram durante a relação sexual.  

Sangramento durante ou depois da menopausa

O sangramento uterino durante ou depois que a mulher entrou na menopausa não é normal e deve ser investigado. Há várias razões para explicar essa condição, como: 

  • Atrofia do endométrio (a camada do útero fica muito fina); 
  • Ressecamento das paredes da vagina;  
  • Terapia de reposição hormonal (estrogênio e progesterona que são usados para diminuir alguns sintomas da menopausa); 
  • Pólipos uterinos – crescimentos que ocorrem no revestimento interno (endométrio) do útero 
  • Espessamento do endométrio 
  • Câncer de endométrio (câncer no revestimento interno do útero); 
  • Câncer do colo de útero (também conhecido como câncer cervical, que tem como causa principal o HPV, papilomavírus humano).

Em qualquer fase da vida da mulher, em caso de sangramento, é recomendado procurar um ginecologista para avaliação e diagnóstico.


Revisão Técnica: Sabrina Bernardez Pereira, Médica da Economia da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein, especialista em Cardiologia pela SBC/AMB com doutorado em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal Fluminense (UFF). 

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