O linfedema é um inchaço causado pelo acúmulo de líquidos em determinadas regiões do corpo que normalmente seriam eliminados pelo organismo através do sistema linfático, sistema formado por uma série de vasos responsáveis por transportar a linfa, um líquido rico em substâncias necessárias para o organismo.
- 7 dúvidas frequentes sobre varizes e suas causas
- Doença arterial periférica: causas, sintomas e como tratar
1. Onde o linfedema começa no corpo?
Normalmente, o linfedema atinge pernas e braços, principalmente as coxas e os pés. A condição se classifica como primária, que tem a genética como causa, ou secundária, que pode ser provocada por cirurgias, tratamentos de câncer e infecções.
2. Quais os sintomas do linfedema?
Os principais sintomas do linfedema são:
- Dificuldades para movimentar a região afetada devido ao inchaço e à rigidez;
- Edema ou inchaço nas extremidades dos membros inferiores ou superiores, podendo aparecer também no pescoço, região genital, face, região inguinal, entre outras partes do corpo;
- Pele grossa ou endurecida devido à alteração do fluxo linfático, o que pode provocar inflamação nas partes que estão inchadas. Se a pele não for tratada adequadamente, o organismo fica vulnerável a infecções e inflamações graves;
- Sensação de peso ou rigidez nos membros, que ocorre pela concentração do líquido viscoso do sistema linfático.
3. Como é feito o diagnóstico do linfedema?
Para chegar ao diagnóstico de linfedema, serão levados em consideração o conjunto de sintomas e o histórico clínico do paciente. Alguns exames podem ser solicitados pelo médico para confirmar a suspeita, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassom. Existe ainda um teste chamado linfocintilografia, uma espécie de scanner que vai mostrar com detalhes os vasos linfáticos e os possíveis pontos de bloqueio.
Quanto mais precoce o linfedema for diagnosticado, mais rápido o tratamento será iniciado e com resultados mais satisfatórios.
4. Como tratar o linfedema?
O linfedema não tem cura, mas o tratamento é muito importante para melhorar os sintomas. Entre as terapias disponíveis e recomendadas estão drenagem linfática manual, fisioterapia, bandagens de compressão de baixa elasticidade, meias elásticas, cuidados com a pele e exercícios físicos.
É importante saber que o linfedema aumenta o risco de infecções de pele (celulite). Nesses casos, será necessário tratamento com antibióticos, sempre prescritos pelo médico. Em casos mais graves, o tratamento cirúrgico pode ser recomendado.
Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, Médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico e preceptor da Residência Médica de Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.