Dor nos ossos é uma sensação que pode ser decorrente de traumas e de fraturas. Mas, quando os ossos doem sem motivo aparente, é importante procurar um médico para descobrir a causa, já que o quadro é um dos sintomas mais comuns de câncer ósseo e também de câncer metastático, estágio em que as células tumorais migraram para outras partes do corpo.
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É preciso considerar também que pacientes oncológicos são mais sujeitos a fraturas e traumas ósseos, o que contribui para piorar o quadro.
O que pode provocar o problema?
- Traumas e fraturas;
- Osteoartrose;
- Osteopenia, osteoporose, raquitismo e outras condições que reduzem a densidade óssea;
- Doença óssea de Paget (osteíte deformante);
- Tumores benignos como cistos ósseos aneurismáticos, osteomas, e osteocondroma;
- Neoplasias malignas dos ossos como osteossarcoma, condrossarcoma e fibrossarcoma.
Existe diferença entre a dor óssea provocada por traumas ou fraturas e aquela que é sintoma de um câncer?
Sim. No caso de trauma ou de fratura, a dor costuma ser intensa e se localiza na área que sofreu a lesão. Quando a causa é um tumor, o sintoma inicial é sentir os ossos doloridos. Com o tempo, o quadro pode evoluir para dor constante ou intermitente, e a pessoa também pode sentir dor durante a noite ou mesmo quando está em repouso.
Como é feito o diagnóstico?
Ele é realizado por meio do histórico do paciente, do exame clínico e de outros exames que o médico julgue pertinentes, como por exemplo, os de sangue e os de imagem.
Como é o tratamento?
Tudo vai depender da condição que está causando o problema. Se forem, por exemplo, traumas ou fraturas, o foco é corrigi-los por meio de imobilização e/ou cirurgia. O médico também costuma receitar analgésicos até que a recuperação esteja completa.
Para pessoas com osteopenia, osteoporose e outras condições que reduzem a densidade óssea, o tratamento é direcionado para normalizar, por exemplo, os níveis de cálcio e de vitamina D.
Pacientes oncológicos, por sua vez, precisam de tratamento de longo prazo para conter o avanço da doença e garantir a qualidade de vida, o que inclui também o manejo da dor, que pode se tornar crônica.
Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, Médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico e preceptor da Residência Médica de Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.