Câncer de pele no couro cabeludo: quem tem mais risco e como se prevenir

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Uma mancha que aparece em uma região visível do corpo, como nos braços ou no rosto, é facilmente notada. Sobretudo quando ela muda de tamanho, forma ou cor, por exemplo, que são alguns dos sinais de alerta para o câncer de pele. Mas, se a lesão estiver encoberta por fios de cabelo, há possibilidade de não ser percebida. 

Os tumores de pele no couro cabeludo normalmente demoram a ser diagnosticados, o que reduz a perspectiva de cura. Outro fato que precisa ser levado em consideração é que essa parte do corpo fica mais exposta ao sol e é muito vascularizada, contribuindo para o câncer se espalhar. 

Acompanhamento frequente

A região do couro cabeludo deve ser examinada com regularidade. Na maioria dos casos, a análise realizada pelo dermatologista durante a consulta anual é o suficiente. Mas para quem tem fototipo mais baixo, com pele e olhos claros, histórico pessoal ou familiar de câncer de pele ou de lesões queratoses actínicas (feridinhas ásperas e vermelhas que surgem na pele, inclusive do couro cabeludo), o monitoramento deve ser feito com mais frequência.

Como se proteger?

Os fios de cabelo são responsáveis por fazer uma espécie de escudo sobre o couro cabeludo, resguardando-o do excesso de exposição solar. Mas essa região também precisa de proteção, tal qual a pele no restante do corpo. Sempre que possível, proteja a cabeça com chapéu ou boné quando se expor ao sol.

Quem tem fios mais ralos, é calvo ou careca precisa de maior proteção. A recomendação é utilizar chapéu ou boné, de preferência confeccionados com tecidos com proteção contra os raios UV, principalmente em ambientes de maior exposição ao sol.

Para quem tem pouco ou nenhum cabelo, a sugestão é usar protetor solar em spray, com FPS de no mínimo 30, e PPD (valor de proteção contra os raios UVA) 10, que deve ser reaplicado a cada duas horas. Pessoas com fototipo mais baixo se beneficiam de produtos com FPS a partir de 50. 

Já a turma com abundância de fios pode recorrer às loções leave-in com proteção solar. Aqueles que trabalham em locais abertos, dirigem por muito tempo ou andam muito na rua devem ter esse cuidado diariamente. O importante é consultar um médico sempre que notar algo diferente. 


Fontes consultadas: Andrey Augusto Malvestiti, dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein. Claudia Marçal, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); Ramon Andrade de Mello, oncologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia.

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