O supino é um dos exercícios mais populares da musculação e dificilmente fica de fora dos treinos. Sua fama se deve à capacidade de ativar grandes grupos musculares da parte superior do corpo, especialmente o peitoral.
Além disso, o movimento envolve articulações importantes, como ombros e cotovelos, e contribui para o ganho de força funcional, tornando-se essencial não apenas para quem busca resultados estéticos, mas também para melhorar o desempenho em esportes e facilitar tarefas do dia a dia.
Quais músculos o supino trabalha
Apesar de ser lembrado como um exercício de peito, o supino vai além. Ele é considerado multiarticular porque recruta simultaneamente vários músculos, que trabalham em conjunto para garantir força, estabilidade e controle do movimento.
Essa sinergia é o que faz do supino um exercício tão completo e estratégico para quem deseja equilíbrio muscular na parte superior do corpo. Veja quais áreas ele trabalha:
- Peitoral maior: músculo principal, localizado na frente do tórax, responsável pelo movimento de empurrar na horizontal;
- Deltoides anteriores: situados na parte frontal dos ombros, ajudam na elevação e estabilização dos braços;
- Tríceps braquial: localizado na parte posterior dos braços, garante a extensão do cotovelo;
- Serrátil anterior: localizado na lateral do tórax, abaixo das axilas, estabiliza as escápulas e auxilia no controle do ombro durante o movimento;
- Core: engloba abdômen, lombar e região pélvica, sendo responsável por manter o tronco firme, evitar oscilações e garantir estabilidade.
Esse conjunto faz com que o supino fortaleça não apenas o peitoral, mas também regiões que dão suporte à postura, aumentando a força nos braços e ombros. A prática também ajuda a melhorar a estabilidade geral quando executada corretamente e em um programa de treino completo.
Variações do supino
Uma das maiores vantagens do supino é a possibilidade de adaptar sua execução para estimular diferentes partes do peitoral e variar o nível de dificuldade. Isso é feito tanto pela mudança da inclinação do banco quanto pela escolha do equipamento.
- Supino reto: feito em banco horizontal, ativa o peitoral de forma equilibrada entre as regiões superior e inferior, além de recrutar tríceps e deltoides;
- Supino inclinado: feito em banco inclinado (30–45°), direciona mais esforço para a parte superior do peitoral e exige maior participação dos ombros;
- Supino declinado: executado em banco inclinado para baixo (15–30°), enfatiza a porção inferior do peitoral e reduz a sobrecarga nos ombros.
Além da posição do corpo, o supino também tem variações com relação ao equipamento usado. A barra é a opção clássica, permitindo pesos mais altos, mas exige atenção à segurança.
Os halteres ampliam o movimento e ajudam a corrigir desequilíbrios entre os lados. Já as máquinas oferecem maior estabilidade e são muito indicadas para iniciantes, recuperação ou treinos até a falha. Alternar entre esses métodos é permitido e torna o treino mais completo e eficiente.
Benefícios do supino
O supino apresenta benefícios que vão muito além da estética. Ele é fundamental para quem busca força geral, melhora no desempenho em atividades esportivas e até mais facilidade em movimentos básicos, como empurrar um objeto pesado.
Confira outras vantagens:
- Fortalecimento equilibrado: trabalha de forma conjunta peito, ombros e braços;
- Versatilidade: pode ser adaptado em diferentes variações para focar regiões específicas;
- Desempenho: contribui para o aumento de força e potência, favorecendo a melhora do desempenho esportivo e prevenção de lesões;
- Benefícios funcionais: melhora o padrão de movimento de empurrar, comum no dia a dia.
Isso explica por que o supino é considerado um exercício-chave em qualquer programa. Ele garante resultados estéticos e funcionais, ajudando a manter o equilíbrio muscular e reduzindo o risco de lesões por desequilíbrio de força entre os grupos musculares.
Cuidados na execução
Por ser um exercício muitas vezes realizado com intensidades altas e envolver articulações delicadas, como o ombro, o supino precisa de atenção especial. Pequenos erros na postura ou no controle do movimento podem comprometer os resultados e até aumentar o risco de lesões.
A execução correta inclui:
- Pés bem apoiados no chão para estabilidade do corpo;
- Escápulas firmes no banco, mantendo o peito projetado;
- Evitar arqueamento excessivo da lombar, que pode gerar sobrecarga;
- Controlar a descida da barra ou dos halteres, sem deixar o peso cair de forma brusca.
Com esses cuidados, o supino se torna um exercício seguro e eficaz. O acompanhamento de um profissional pode ser decisivo, especialmente para iniciantes ou pessoas que tenham histórico de lesões nos ombros ou na coluna.
Revisão técnica: Brendo Faria Martins, especialista em Fisiologia do Exercício e preparador físico do Espaço Einstein – Esporte e Reabilitação, do Einstein Hospital Israelita (CREF: 171319-G/SP).