Dor no peito ao respirar é grave? Entenda o que pode ser

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Por Dr. Antonio Carlos Bacelar Nunes Filho, cardiologista, médico clínico geral do Hospital Israelita Albert Einstein/ CRM SP 131 860

A dor no peito ao respirar é uma queixa frequentemente relatada por pacientes em ambientes hospitalares. Esse tipo de desconforto não é considerado como uma situação normal. Por isso, precisa passar por uma investigação médica para entender a fundo qual a causa e suas consequências.

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Existem doenças que podem estar diretamente ligadas ao sintoma e devem ser investigadas pelos especialistas quando o paciente informa sobre o que está sentindo.

Se você quer entender mais a respeito do assunto e as principais causas das dores no peito, continue a leitura do post. Acompanhe!

A dor no peito ao respirar é grave?

Essa é a dúvida que muitos têm ao sentir dores no peito. Afinal, um problema grave como esse causa preocupação e requer cuidados imediatos em boa parte das situações. Por isso o indivíduo deve sempre procurar o seu médico ou o pronto atendimento quando surge uma dor no peito ao respirar.

Segundo o Dr. Antonio Bacelar, cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, os sintomas podem estar associados à uma série de problemas, como crise de asma, embolia pulmonar ou tumores.

Dessa forma, o contato com um médico de confiança ou com o pronto atendimento torna-se essencial para dar início na investigação e detectar a causa das dores. A investigação inicial rápida agiliza o andamento de tratamentos caso sejam necessários e reduz significativamente as chances de complicações.

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Quais tipos de sintomas associados à dor no peito podem ser um fator de risco?

A presença de alguns sintomas específicos quando associados às dores no peito são considerados um fator de risco. Um dos sinais é o aumento da dor com a inspiração, pois isso pode denotar um problema da pleura, que é o tecido que recobre e protege o pulmão. Quando o paciente apresenta esse tipo de desconforto ao inspirar, os especialistas trabalham com hipóteses, como infecções (virais, bacterianas, como a tuberculose) ou tumores.

Para um diagnóstico preciso é fundamental ser avaliado por um médico. Assim, o profissional pode investigar com exames complementares as hipóteses diagnósticas de cada caso e propor o tratamento específico direcionado.

Além disso, existem aspectos que contribuem para o surgimento de dores no peito. Entre eles, podemos citar o tabagismo, sedentarismo e imobilidade por um longo período. Esses fatores, por fim, estão associados com o desenvolvimento de embolia pulmonar e, também, trombose.

Quais doenças podem ter relação com a dor no peito ao respirar?

Como vimos acima, a dor no peito ao respirar pode estar associada a diversas doenças e, por isso, é tão importante buscar a orientação médica. Conheça quais são os principais problemas e os seus respectivos sintomas!

Embolia pulmonar

A embolia pulmonar consiste no bloqueio de uma ou mais artérias do pulmão, o que impede a passagem de sangue. Geralmente, esse impedimento tem origem em trombos. Eles podem ser provenientes de outras regiões do corpo, como pernas e quadris. Os trombos são formados na circulação sanguínea, em geral, quando sua velocidade está diminuída. Um bom exemplo são as longas viagens internacionais de avião, quando o indivíduo passa horas sentando em uma poltrona pouco confortável.

Dessa forma, o sistema circulatório fica comprometido e a pessoa afetada sente sintomas, como dor ao respirar, falta de ar, palidez e tosse repentina.

Grupos específicos têm maior probabilidade de desenvolverem a embolia pulmonar. Os fatores de risco incluem:

  • obesidade;
  • tabagismo;
  • hipertensão;
  • pílulas anticoncepcionais e reposição hormonal;
  • imobilismo;
  • fatores genéticos relacionados à coagulação.

Esses são alguns dos aspectos que aumentam as chances de desenvolvimento da embolia pulmonar. Caso não seja feito um acompanhamento adequado da situação, o problema pode ser fatal. Por isso, é importante ficar atento aos sintomas e procurar ajuda médica o quanto antes para iniciar o tratamento.

São usados medicamentos, como os anticoagulantes, e, em alguns casos, os especialistas recomendam o procedimento cirúrgico – caso o trombo seja muito grande e provoque alteração significativa na circulação de sangue.

Infecções no pulmão

Outro problema que gera dores no peito ao respirar é a infecção no pulmão, seja ela viral, bacteriana ou por meio de fungos. Quando isso ocorre, há uma multiplicação do vírus ou bactéria no órgão, o que gera a infecção. O problema causa dor torácica, sendo apontada por pacientes como aguda e com uma piora ao tossir ou respirar.

O diagnóstico acontece com um exame clínico, em que o médico leva em conta as condições do paciente, como secreção, temperatura e a sua ausculta pulmonar (realizada com estetoscópio). Para o tratamento são utilizados medicamentos específicos para combater a doença e aliviar as dores.

Tumores

O tumor (pulmonar ou metástase de outros tumores) também é uma doença com possibilidade de estar relacionada com a dor no peito ao respirar. Quando se encontra no pulmão, por exemplo, o indivíduo apresenta sintomas, como dor torácica, tosse, falta de ar e perda de peso. Logo, o diagnóstico é feito com base em histórico clínico e exames complementares, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Nesse sentido, o tabagismo é apontado como um dos principais vilões para o desenvolvimento de lesões pulmonares bem como em outros órgãos, como a bexiga. A relação causa e efeito do tabagismo com os tumores de pulmão é conhecida há muito tempo e é o principal fator de risco para a doença.

Portanto, contar com a ajuda médica e fazer todos os exames necessários colaboram para um diagnóstico preciso, o que é essencial para iniciar o tratamento ainda na fase inicial da doença e, com isso, ter melhores resultados.

O que fazer quando sentir esse sintoma?

Ao sentir o sintoma, é preciso procurar por atendimento logo nos primeiros momentos. O Dr. Antonio Bacelar explica que a dor no peito ao respirar não pode ser negligenciada e que o seu surgimento deve suscitar a busca por auxílio médico rapidamente. Então, a recomendação é que os sinais sejam considerados e, a partir disso, o paciente entre em contato com um médico ou compareça a um hospital para realizar uma avaliação inicial.

O especialista ainda ressalta que ao desconforto ao respirar não é uma situação benigna até que se prove o contrário. Por isso, a avaliação de um médico tem grande importância, pois somente com uma análise do quadro clínico é possível encontrar um diagnóstico preciso e escolher qual o melhor tratamento.

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