O câncer de estômago, também chamado de câncer gástrico, é um tipo de neoplasia maligna que, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o quarto mais frequente entre os homens e o sexto entre as mulheres. Segundo a entidade, foram 21.230 novos casos em 2022. Dados da American Cancer Society indicam mais de 26.000 novos diagnósticos por ano nos Estados Unidos e que seis em cada dez pessoas diagnosticadas com câncer de estômago têm 65 anos ou mais.
O que aumenta o risco do desenvolvimento de câncer de estômago
O INCA identifica os seguintes fatores como possíveis desencadeadores do surgimento da doença:
- Sobrepeso e obesidade;
- Consumo de álcool;
- Consumo excessivo de sal, de alimentos salgados ou conservados em sal;
- Tabagismo (o risco aumenta ainda mais com a combinação de tabagismo e ingestão de bebidas alcóolicas, e se o fumante for alguém que previamente passou por uma cirurgia no estômago);
- Ingestão de água com alta concentração de nitrato – esse é o contaminante mais frequente em aquíferos tanto no Brasil quanto no exterior e o problema pode acontecer em áreas rurais e urbanas;
- Doenças preexistentes, caso de anemia perniciosa, de lesões pré-cancerosas (gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e de infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori);
- Exposição ocupacional à radiação ionizante, como raios-X e gama, em indústrias ou em instituições médicas; a compostos químicos utilizados na produção de borracha, como benzeno, óleos minerais, produtos de alcatrão de hulha, compostos de zinco e uma série de pigmentos; e a agrotóxicos, no caso de trabalhadores rurais;
- Ter parentes de primeiro grau com câncer de estômago.
Primeiros sinais e diagnóstico do câncer de estômago
Dor abdominal progressiva, sensação de estômago cheio e emagrecimento são os principais sintomas da presença de um tumor no estômago. Mas há outros: falta de apetite, azia ou indigestão, inchaço no abdome, anemia, náuseas e presença de sangue no vômito e nas fezes.
A endoscopia digestiva alta com biópsia e o exame anatomopatológico são os principais meios para rastrear essa neoplasia maligna. O médico também pode pedir exames de imagem como raio-X, ultrassom, tomografia, ressonância magnética e PET-Scan, para um diagnóstico mais preciso.
Opções de tratamento para essa neoplasia maligna
Para tratar o câncer de estômago, o médico leva em conta o estágio da doença e em que ponto do órgão ela está. Usualmente, o tumor se desenvolve na camada interna do estômago, a mucosa, que fica em contato com os alimentos e pode crescer a ponto de atingir o fígado e os pulmões, por exemplo, e até mesmo os ossos.
Em geral, a extração cirúrgica do tumor faz parte do tratamento, exceto em pacientes com câncer em estágio avançado e que, de maneira geral, não estejam bem de saúde. Nesses casos, os pacientes normalmente necessitam de conduta particularizada e, por muitas vezes, podem ser apenas medidas paliativas.
Quimioterapia e radioterapia também podem entrar no pacote, além de imunoterapia e terapia-alvo, que consiste no uso de drogas para atacar especificamente genes e/ou proteínas do tumor e outras células que contribuem para seu crescimento.
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