Câncer de testículo: conheça fatores de risco e tratamentos

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No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os tumores de testículo respondem por 5% do total de casos de neoplasias malignas que acometem os homens. A faixa de incidência é mais comum em homens na idade reprodutiva, entre 15 e 50 anos e, na grande maioria dos casos, o câncer se desenvolve apenas em um dos testículos.

Tipos de tumores mais comuns nos testículos

Os testículos são dois órgãos ovalados do sistema reprodutor que produzem hormônios masculinos (andrógenos) e esperma. Entre os tumores mais comuns está o câncer testicular germinativo, que se inicia a partir de uma disfunção no processo de crescimento e reprodução das células germinativas que dão origem aos espermatozoides. Esse tipo de tumor, por sua vez, tem dois principais subtipos:

  • Seminoma – diagnosticado entre 40% e 45% dos casos; é mais frequente em homens adultos;
  • Não seminoma – que inclui os outros tipos de tumores germinativos dos testículos: carcinoma embrionário; teratoma, teratocarcinoma, coriocarcinoma e tumores do saco vitelino.  

Já os tumores de estroma são muito mais raros e respondem por apenas 2% a 3% dos tumores testiculares. Entre eles estão os tumores de células de Leydig, os tumores de células de Sertoli e os tumores mistos.

A hereditariedade está entre os fatores de risco do câncer de testículo

Homens que têm pai ou irmãos com histórico da doença devem ficar atentos já que a hereditariedade é um dos fatores de risco desse tipo de câncer. Outras situações que devem ser observadas são: puberdade precoce, criptorquidia (condição em que os testículos não desceram da cavidade abdominal para a bolsa escrotal, processo que deve ocorrer naturalmente) e o chamado testículo contralateral, em que a posição de fixação do órgão aumenta o risco de torção. O Inca indica também aumento de risco para trabalhadores expostos a agrotóxicos.

Sinais que podem indicar câncer de testículo

O primeiro sinal é um nódulo pequeno, duro e indolor. Além de observar a presença de caroços, o câncer de testículo apresenta outros sinais e sintomas que pedem atenção, como: alterações no tamanho (aumento ou diminuição), forma e textura dos testículos; endurecimento; sensação de peso nos testículos; dor difusa na parte baixa do abdômen; sangue na urina e sensibilidade nos mamilos.

Dor nos testículos é sinal de câncer?

Não. Geralmente, dor e câncer de testículo não estão relacionados, já que o câncer de testículo costuma ser indolor. Por outro lado, processos inflamatórios na região (epididimites e orquiepididimites) são extremamente dolorosos e não têm relação com câncer. 

O mesmo se aplica à varicocele, condição que provoca dilatação anormal das veias da região testicular. Em caso de dúvida, é sempre melhor consultar um médico.  

O autoexame dos testículos é um hábito importante para o diagnóstico precoce. E, embora não exista um protocolo determinado para isso, os médicos estimulam que as pessoas tenham conhecimento do próprio corpo.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento do câncer de testículo

O diagnóstico em geral é feito pelo urologista através da história clínica e do exame físico que pode indicar uma nodulação palpável no testículo, além do exame ultrassonográfico da bolsa escrotal. Em geral, são realizados exames laboratoriais, como a dosagem de marcadores tumorais. 

O tratamento varia em razão do estágio do tumor (de 0 a III, sendo esse último o mais grave) e o médico geralmente pede exames complementares para descartar metástases. O tratamento padrão para os tumores de testículos pode incluir cirurgia, radioterapia ou quimioterapia e, em alguns casos, aplicação de doses elevadas de agentes quimioterápicos associada a um transplante de células-tronco. Os efeitos colaterais dos tratamentos devem ser discutidos entre médico e paciente, já que, em alguns casos, podem provocar infertilidade.

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