Carcinoma espinocelular: um tipo de câncer de pele

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O carcinoma espinocelular (CEC) é um tipo de neoplasia maligna que representa 25% dos tumores cutâneos. Neoplasia maligna é a denominação que os médicos usam para se referir ao câncer, enfermidade que tem mais de 200 tipos. Depois das doenças cardiovasculares, o câncer é a segunda causa de morte no mundo. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que haverá mais de 700.000 novos diagnósticos até 2025.

A origem do carcinoma espinocular está nas células escamosas

O CEC também é chamado de carcinoma epidermóide ou de carcinoma de células escamosas, porque se origina nessas células, que estão localizadas na camada mais externa da pele. 

O tumor pode surgir em qualquer parte do corpo que possua esse tipo de célula (pulmões, garganta e tireoide, por exemplo), mas é mais frequente em áreas expostas ao sol, como rosto, lábios, orelhas, pescoço, couro cabeludo, costas e ombros.

Como prevenir o carcinoma espinocelular?

Como está relacionado ao excesso de exposição solar, medidas de fotoproteção – usar filtro solar, roupas e acessórios com fator de proteção, e evitar se expor nos horários em que a radiação ultravioleta é mais forte – são fundamentais para prevenir a doença. Da mesma forma, não se deve fazer bronzeamento artificial, que aumenta bastante o risco.

Fatores de risco para o carcinoma espinocelular (CEC)

Existem alguns fatores que podem favorecer o aparecimento do carcinoma espinocelular. São eles:

  • Histórico familiar da doença;
  • Ter pele, olhos ou cabelos claros;
  • Exposição excessiva ao sol e uso de câmeras de bronzeamento;
  • Imunidade comprometida por infecções, transplantes ou tratamento de câncer;
  • Síndromes genéticas como o xeroderma pigmentoso. 

Principais sintomas do carcinoma espinocelular 

Quando é diagnosticado no início, o CEC tem baixa letalidade e alta chance de cura. Caso contrário, a doença pode evoluir, aumentando o risco de metástase. Daí a importância de fazer o autoexame da pele para verificar se há alguma ocorrência atípica. Se notar algum ou alguns dos sinais abaixo, procure um médico dermatologista imediatamente:

  • Queratoses actínicas, que são pequenas lesões da cor da pele, amareladas ou avermelhadas, com bordas irregulares, que aumentam de tamanho com rapidez, são ásperas, descamam e podem sangrar. Elas são comuns em pessoas mais velhas que se expuseram muito ao sol.  Essas manchas precisam ser acompanhadas por um médico, pois 10% delas evoluem para o CEC e, além disso, 40% a 60% dos carcinomas têm origem em queratoses não tratadas;
  • Verrugas que não param de crescer;
  • Machucados e feridas que surgem sem motivo aparente e que demoram muito para cicatrizar;
  • Lesões elevadas, com bordas irregulares ásperas ao toque;
  • Alterações em pintas e cicatrizes que já existiam. Podem ser mudanças de cor e inchaço, por exemplo.

Como é o tratamento do carcinoma espinocelular?

Quando o carcinoma espinocelular se localiza em um só lugar sem ter se espalhado pelo corpo (metástase), o médico remove a lesão cirurgicamente, escolhendo o procedimento mais adequado. Em alguns casos, pode ser necessário recorrer a outros tratamentos para garantir que todas as células neoplásicas sejam eliminadas e, assim, evitar recidiva e metástase. Entre eles, radioterapia, quimioterapia e terapia-alvo.                                            

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Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em Clínica Médica, Medicina Interna, Cardiologia e Ecocardiografia. Cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.

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