Considerado uma neoplasia maligna em estágio inicial, o carcinoma in situ recebe esse nome por dois motivos: porque é formado por células anormais com capacidade de se multiplicar descontroladamente; e porque essas células anormais estão contidas em uma determinada região do órgão (in situ é um termo em latim que significa “no lugar”) e não têm capacidade de se disseminar para estruturas adjacentes, como vasos sanguíneos e vasos linfáticos. Ou seja, o carcinoma in situ não é invasivo e, portanto, não se espalha para outras partes do corpo.
Já o câncer invasivo se caracteriza por acometer estruturas mais profundas e dessa forma, torna-se invasivo ou infiltrativo, sendo que as células cancerígenas alcançam a corrente sanguínea ou linfática e têm a capacidade de se disseminar para outras partes do corpo. Nesse estágio, ocorre a metástase, atingindo outros órgãos que não os inicialmente afetados.
A maioria dos cânceres in situ é curável se for tratada antes de progredir para a fase de câncer invasivo.
O que é carcinoma?
Em primeiro lugar, vale dizer que o câncer tem origem em uma falha no processo de crescimento e renovação celular, situação que pode acontecer nas células de qualquer órgão ou parte do corpo.
O carcinoma representa um grande grupo de tumores que tem origem nas células do tecido epitelial, o qual desempenha várias funções – revestimento, proteção, absorção, secreção e sensorial –, e está presente na pele, nos órgãos, nas glândulas, e assim por diante. Isso significa que o carcinoma pode surgir em qualquer parte do corpo.
Carcinoma in situ é comum entre os tipos de câncer de mama
No caso do câncer de mama, o carcinoma in situ surge em duas regiões do tecido mamário: nos lóbulos (carcinoma lobular), que são responsáveis pela produção de leite; e nos ductos mamários (carcinoma ductal), pequenos canais que transportam o leite dos lóbulos mamários até os mamilos.
O índice de cura do carcinoma in situ é alto
O tratamento dos carcinomas in situ consiste principalmente de sua remoção completa por meio de cirurgia. Em alguns casos de carcinomas in situ da mama, podem ser necessários a associação de radioterapia e/ou tratamentos medicamentosos, como hormonioterapia.
Revisão Técnica: Sabrina Bernardez Pereira, especialista em Cardiologia pela SBC/AMB. Mestrado e Doutorado em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Médica da Economia da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein.