A picada do mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus da dengue, não tem uma aparência característica que permita identificá-la facilmente. Ela costuma se parecer com qualquer outra picada de inseto: uma pequena elevação avermelhada, de 2 a 5 milímetros, conhecida como pápula, que pode coçar levemente e, em alguns casos, desaparecer sem deixar marcas.
Diferentemente do que acontece com outros insetos, como borrachudos ou percevejos, a picada do mosquito da dengue geralmente não dói no momento em que acontece. Isso ocorre porque a saliva da fêmea do mosquito contém substâncias anestésicas e anticoagulantes, que reduzem a dor e impedem a coagulação do sangue, permitindo que ela se alimente do sangue sem ser percebida.
Em pessoas com pele mais sensível, existem registros de coceira leve a moderada e uma pequena inflamação local. Contudo, em geral, a reação é discreta. Adultos tendem a ter respostas mais brandas, enquanto crianças e pessoas alérgicas podem apresentar vermelhidão mais acentuada ou pequenas bolhas.
Sua evolução é bem rápida. Em um ou dois dias, a lesão tende a diminuir e pode deixar uma mancha escura temporária, especialmente em pessoas de pele mais sensível. Em cerca de três a sete dias, a marca desaparece completamente.
Onde e quando o mosquito costuma picar
O Aedes aegypti tem hábitos diferentes dos mosquitos comuns. Ele prefere picar durante o dia, com picos de atividade de manhã (entre 5h e 10h) ou à tarde (das 16h às 19h), especialmente em locais sombreados.
Além disso, o mosquito voa normalmente abaixo de um metro do chão. Assim, ele costuma atacar membros inferiores (pés, tornozelos e pernas), em áreas expostas pela roupa.
Outro comportamento único do Aedes aegypti é sua capacidade de picar mais de uma pessoa em um mesmo ciclo de alimentação. Isso aumenta a probabilidade de ele disseminar o vírus que carrega (dengue, chikungunya ou zika) em diversas pessoas em um mesmo local, como escolas.
Mais importante do que observar a aparência da picada, é essencial prevenir o contato com o Aedes aegypti. Isso deve ser feito a partir da eliminação de criadouros, formados em água parada, e do uso de repelente nos horários de maior atividade do mosquito.



