Como é feito o diagnóstico do Alzheimer?

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O que é?

A Doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro. Funções cerebrais como memória, linguagem, cálculo e comportamento são comprometidas de forma lenta e progressiva, levando o paciente a uma dependência para executar as atividades da vida diária.

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É um processo diferente do envelhecimento cerebral, pois ocorrem alterações patológicas no tecido cerebral como a deposição de proteínas anormais e a morte celular.

Causas conhecidas

Ainda não se sabe quais são as causas do Alzheimer, embora seja conhecido o processo de perda das células cerebrais que caracterizam a doença. O que se sabe é que existe uma forte relação com a idade. Assim, quanto mais idoso for, maior a chance de desenvolver a doença.

O Alzheimer não tem um caráter nitidamente genético, com transmissão direta de geração a geração. O que se estima é que haja uma transmissão da predisposição para desenvolvê-la e isso, junto a fatores ambientais, poderá ou não desencadeá-la.

Principais sintomas

Os primeiros sinais são a perda de memória e o comportamento alterado do indivíduo. Não é qualquer perda de memória que deve chamar atenção, mas aquela que se repete e que passa a comprometer o dia a dia da pessoa, interferindo no funcionamento das atividades pessoais.

Com o evoluir da doença, estas perdas são cada vez mais progressivas e comprometem até memórias autobiográficas do paciente (como o nome dos filhos e netos).

As alterações comportamentais podem ocorrer desde o início e são muito frequentes no decorrer da doença. Indivíduos com Alzheimer podem ter características depressivas, de agitação e agressividade, ou até mesmo delírios e alucinações.

Diagnóstico

O diagnóstico atualmente se dá com a entrevista médica e a exclusão de outras doenças por meio de exames de sangue e de imagem (tomografia ou ressonância magnética), além de uma avaliação neuropsicológica (expandida ou computadorizada). Não existe ainda um marcador biológico da doença, ou um exame único que o médico possa pedir e ter a segurança total do diagnóstico. Recentes avanços laboratoriais têm melhorado a acurácia diagnóstica.

Tratamento

Existem medicações atualmente que estabilizam a doença ou diminuem a velocidade de perda funcional em cerca de cinco anos ou mais, podendo oferecer mais tempo com qualidade de vida ao paciente e aos familiares. Apesar de o Alzheimer não ter cura, estas medicações, desde que bem otimizadas, podem oferecer conforto, alívio e qualidade de vida.

Prevenção

Atualmente podemos atuar em cinco áreas de prevenção de demência que terão muito mais efeito se realizadas conjuntamente, e mais eficazes se iniciadas precocemente:

  • Atividade física apropriada para idade (de preferencia atividade aeróbica, como natação);
  • Alimentação balanceada e voltada para alimentos naturais, como a dieta do Mediterrâneo e alimentos ricos em ômega 3;
  • Prevenção de fatores de risco vascular como controle de diabetes, hipertensão e dislipidemias;
  • Evitar o tabagismo e o consumo de álcool em excesso;
  • Atividade intelectual: testes, exercícios mentais, manutenção atividade profissional, programa de reabilitação cognitiva;
  • Preservação das relações sociais e familiares (convivência interpessoal, manutenção e reforço de vínculos afetivos).

Ainda não existem remédios milagrosos ou procedimentos definitivos, porém a medicina tem evoluído rapidamente na busca dos melhores recursos para tratar e prevenir o Alzheimer.     

Incidência

No Brasil estima-se que cerca de um milhão de pessoas sofram de Alzheimer. A doença acomete principalmente pessoas entre 60 e 90 anos, podendo aparecer antes e também depois desta faixa de idade, porém com menor frequência.

Desde o início dos sintomas, como o esquecimento, até um comprometimento mais grave, com limitação de marcha e da capacidade de engolir, podem se passar de 10 a 15 anos. A doença em si não leva à morte, mas a complicações decorrentes do comprometimento de diversas funções.

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