Desmaio: o que fazer, causas e como evitá-lo 

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Um desmaio, também chamado de síncope, é um período em que o fluxo sanguíneo necessário para o funcionamento do cérebro fica reduzido de forma temporária, o que leva à perda de consciência.  

Um episódio de desmaio costuma durar, em média, questão de segundos ou minutos. Após isso, o paciente recobra a consciência e acorda normalmente. Porém, quando a síncope está associada a uma doença preexistente ou problema de saúde, há um risco maior na demora para despertar ou de existirem sequelas.  

Quais são as causas do desmaio?

O desmaio está diretamente ligado à pressão arterial, que, quando cai, reduz o fluxo sanguíneo do cérebro. Portanto, suas causas podem estar relacionadas a mudanças repentinas dos valores da pressão, que podem ser modificados quando a pessoa está desidratada, ou em momentos em que ela troca de posição bruscamente, ou ainda quando passa por um susto muito grande.  

Outros gatilhos para um desmaio incluem estar em locais abafados e com aglomeração, ficar por longos períodos de pé, passar por situações de estresse emocional, estar grávida ou ter alguma condição médica preexistente, como anemia, baixo nível de açúcar no sangue, problemas cardíacos, entre outros.  

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Como evitar um desmaio?

Primeiramente, é importante ficar de olho em sinais que indicam um desmaio, como tontura, palidez, visão turva, suor repentino, batimento cardíaco acelerado e sensação de náusea ou vômito.   

Ao notar esses indícios em você, procure se deitar, pois isso permite que o sangue chegue mais facilmente até o cérebro. Peça um copo de água para que possa se reidratar, especialmente se estiver em local quente.  

Afrouxe as roupas que possam estar apertadas no corpo a fim de facilitar a circulação do sangue. Ao sentir que está melhorando, mova-se lentamente para uma posição sentada e só depois tente se levantar.   

O que fazer quando alguém desmaia? 

Se você estiver socorrendo alguém prestes a desmaiar, siga os procedimentos acima: deite a pessoa, ofereça um copo de água e tire gravatas, golas ou cintos que estejam apertando seu corpo.  

Você pode também apoiar os pés e as pernas da pessoa em uma bolsa, mochila ou jaqueta para ajudar o fluxo sanguíneo a voltar para o cérebro. Na maioria dos casos, o desmaio costuma durar pouco tempo e, com essas medidas, a pessoa vai acordar.  

Agora, caso o indivíduo não volte a recobrar a consciência nos instantes seguintes, se machucou quando desmaiou, sentiu dor no peito, teve palpitações ou convulsões, e já desmaiou outras vezes, ligue imediatamente para uma ambulância ou procure por auxílio médico. 

Quais os riscos de provocar o próprio desmaio?

Seja por falta de cuidados com a alimentação ou com a hidratação, seja pelo uso excessivo de medicamentos, ou por situações emocionais, provocar o próprio desmaio é perigoso não só para a saúde de quem tem a síncope, mas também para outras pessoas ao redor.   

A atitude pode elevar o risco de lesões por queda, de paradas cardiorrespiratórias, convulsões e provocar a morte. Por isso, é fundamental seguir hábitos saudáveis e buscar ajuda psicológica e médica para lidar com as questões de saúde mental. 


Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos – Especialista em Clínica Médica, Medicina Interna, Cardiologia e Ecocardiografia. Cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.  

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