O que é diabetes?
A diabetes é caracterizada por uma elevação dos níveis de glicose no sangue, causada pela falta de produção do hormônio insulina no pâncreas ou pela perda da eficiência da ação de insulina em pessoas com excesso de gordura no corpo. Esse hormônio transporta a glicose para dentro das células e permite a sua transformação em energia para o funcionamento equilibrado do organismo.
Quando não controlado, o aumento de glicose no sangue pode levar a danos nos vasos sanguíneos e nervos, acarretando em complicações como disfunção e falência de órgãos como rins, olhos e coração.
Quais são os sintomas da diabetes?
A maioria dos pacientes não apresenta sintomas no início do diabetes e, por isso, pessoas com fatores de risco devem realizar exames de sangue periódicos para avaliar se apresentam a doença. Estima-se que metade das pessoas com diabetes não tenham consciência de sua condição. Por isso, o acompanhamento regular com um médico é essencial para o diagnóstico precoce.
Quando os níveis de glicose estão extremamente elevados, pode ocorrer:
- vontade frequente de urinar;
- sede e fome em excesso;
- fadiga;
- alterações na visão;
- mudanças de humor;
- náuseas e vômitos;
- fraqueza;
- perda de peso;
- dores nas pernas;
- infecções repetidas na pele;
- machucados que demoram a cicatrizar;
- formigamento ou sensação de dormência, principalmente nos pés.
Quais são os tipos de diabetes?
A doença se divide entre os seguintes tipos:
- Diabetes tipo 1
Ocorre quando o sistema imunológico atinge o pâncreas, destruindo as células responsáveis pela produção do hormônio insulina.
- Diabetes tipo 2
Responsável por 90% dos casos de diabetes, esse tipo está associado ao ganho de peso. Frequente em pessoas com mais de 40 anos, acontece porque o acúmulo de gordura abdominal dificulta a ação da insulina.
- Diabetes Gestacional
Ocorre no período da gravidez por conta dos hormônios produzidos pela placenta. Após o parto, a maioria dos casos se reverte.
Diagnóstico e tratamento da diabetes
O diagnóstico da doença é feito por meio de um teste simples para detectar os níveis de glicose no sangue. O nível normal é abaixo de 100 mg/dl. Se os níveis de glicose se encontram entre 100 e 127 mg/dl, existe alto risco de desenvolver diabetes, por isso essa situação pode ser denominada pré-diabetes. Se a glicemia estiver acima de 127 mg/dl em 2 exames diferentes ou, ainda, acima de 200 mg/dl após consumo de carboidratos, é diagnosticado o diabetes.
O tratamento da doença varia de acordo com o tipo de diabetes que o paciente possui. Pacientes com o tipo 1, também chamado de insulinodependente, precisam fazer reposição diária de insulina.
Para os portadores do tipo 2, o tratamento é feito por meio de comprimidos tomados via oral que atuam na melhora da resposta das células à insulina, no estímulo da secreção (produção e liberação) de insulina pelo pâncreas, na redução da absorção de glicose pelo intestino ou no aumento da eliminação de glicose pela urina. Atualmente, existem medicamentos injetáveis que imitam o efeito de hormônios intestinais melhorando a fabricação de insulina e auxiliando na redução de peso. Após 10 anos de diagnóstico, é comum a necessidade de uso de insulina nos portadores de diabetes tipo 2.
Nos casos de diabetes na gestação, geralmente uma dieta equilibrada e exercícios físicos são suficientes para o controle dos níveis de glicose. Nos casos em que o controle não é possível dessas maneiras, podem ser indicadas injeções de insulina.
Independente do tipo de diabetes, em todos os casos é fundamental a adoção do tratamento aliada a hábitos saudáveis, como controle da alimentação, prática regular de atividades físicas e controle constante da glicemia.
Entenda mais sobre o pré-diabetes e quais são os tratamentos possíveis.