Estresse, ansiedade e incertezas da vida podem piorar quadro da doença, que afeta 30% da população.
Incertezas e preocupações podem sensibilizar a todos. Para cerca de 30% da população, porém, essas situações são agravadas por dores físicas. Pacientes com disfunção temporomandibular são afetados diretamente por momentos de estresse, explica a cirurgiã plástica e crânio-maxilo-facial do Hospital Israelita Albert Einstein, Rita Narikawa: “sabemos que em situações como a que vivemos, os pacientes com predisposição à doença tendem a exibir sintomas dolorosos.”
Entre as dores que podem piorar por conta da tensão emocional estão: dores de cabeça ao acordar, dor para mastigar e a sensação de cansaço. “Gera tensão muscular (a tensão emocional) e desencadeia esses sintomas, por vezes (acompanhados) com a piora do bruxismo.”
Segundo. Rita, manter a saúde mental é fundamental para evitar e lidar com a disfunção temporomandibular em meio a situações de estresse “Procure estabelecer uma rotina de cuidados diários, se possível incluindo algum exercício físico. Mantenha contato com família e amigos também. É fundamental. E, caso seja necessário, busque ajuda profissional, sem preconceitos.”
Para os pacientes que já têm o diagnóstico, é importante manter o tratamento mesmo em casa. “Isso inclui massagens na musculatura da face, exercícios de fisioterapia, bolsas de calor e frio. E ainda, se tiver diagnóstico de bruxismo, fazer uso da placa de dormir religiosamente”, afirma a médica.
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Revisão técnica: Rita Narikawa, cirurgiã plástica e crânio-maxilo-facial do Hospital Israelita Albert Einstein