Equidade e inclusão na assistência à saúde

Desde 2018, o Hospital Israelita Albert Einstein começou um atendimento especializado para pacientes da comunidade LGBTQIA+, formada por homens gays, mulheres lésbicas, bissexuais, travestis, pessoas trans, entre outros. O hospital busca atender com excelência as demandas específicas desse público, que muitas vezes passa por problemas de acesso e de aceitação social.

“O preconceito, a discriminação e os tabus são fatores que afastam determinadas populações dos serviços de saúde, colocando-as à margem, seja pela inexistência de protocolos que norteiem à assistência, seja pela falta de preparo de atendentes, ou treinamento do corpo clínico para receber esses pacientes”, destaca Miguel Cendoroglo, diretor Médico e Serviços Hospitalares do Hospital Israelita Albert Einstein.

“Quando falamos em equidade na saúde, falamos em reconhecer que todos e todas precisam de assistência (acesso universal e igualitário), mas que há necessidades diferentes de grupos específicos. Portanto, é atuar de forma a reduzir diferenças na qualidade e no acesso”, complementou.

Entre as principais iniciativas, está a criação do Grupo Médico Ambulatorial (GMA) LGBTQIA+, em novembro de 2020, que tem entre os seus objetivos definir protocolos específicos para o atendimento assistencial desses pacientes.

Há, ainda, o Programa Cuidar, que tem como desafio a redução das desigualdades em saúde, melhoria da saúde das populações em risco, criar guidelines e protocolos, entre outros, e já possui cinco pessoas sendo atendidas em jornada de redesignação sexual (acompanhamento hormonal, com ou sem procedimento cirúrgico envolvido).

A preocupação do Einstein abrange não só um olhar para transição de gênero da população transgênero, mas principalmente para a saúde do dia a dia e o rastreamento de doenças. O hospital já definiu 8 protocolos com foco no atendimento de saúde dessa população:

• Saúde LGBTI+ para Crianças e Adolescentes
• Avaliação Tratamento e Acompanhamento para Pacientes Adultos Trans
• Prevenção Combinada do HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis
• Incongruência de Gênero
• Cirurgia Genital Mulher Trans
• Mastectomia ou Mamoplastia masculinizadora
• Reconstrução de mama Mulher Trans
• Amamentação da Mãe Não Gestante de Casais Homoafetivos

Outras iniciativas

Em junho de 2022, o Einstein começou um programa de empregabilidade específico para a população trans. O projeto “TransFormar” é conduzido junto com a Transcidadania (iniciativa da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania), e tem como objetivo capacitar pessoas trans em conteúdos como inclusão digital, comunicação oral e escrita, e técnicas de atendimento.