Herpes tipo 1: 5 perguntas e respostas para entender a infecção

4 minutos para ler

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 3,7 bilhões de pessoas em todo o mundo já tiveram manifestações do vírus do herpes tipo 1 (HSV-1), um dos mais comuns que existem. O número equivale a 67% da população mundial abaixo de 50 anos, de acordo com dados de 2016, quando a OMS fez a última estimativa de quantas pessoas já tinham apresentado sintomas da infecção pelo herpes oral ou genital no planeta. 

A seguir esclareça algumas das principais dúvidas sobre o doença: 

1. O que é herpes?

O herpes é uma infecção causada pelo vírus Herpes simplex. Ele é transmitido pelo contato direto das lesões com a pele ou mucosa de uma pessoa não infectada.  

Existem dois tipos de herpes: o tipo 1 é causado pelo vírus HSV-1 e provoca lesões principalmente na boca ou no nariz, por isso é conhecido como herpes oral. 

Já o tipo 2 é associado ao vírus HSV-2 e afeta, majoritariamente, os órgãos genitais. Apesar disso, as duas doenças podem causar feridas também em outras partes do corpo. 

2. Quais são os sintomas?

Além do aparecimento das lesões, que formam pequenos agrupamentos de bolhas, os sintomas de herpes podem incluir febre, fadiga, dor muscular e dor ao urinar, especialmente no caso do vírus tipo 2. Esses últimos sintomas são mais comuns na primeira manifestação da doença, que costuma ser mais intensa. 

Importante ressaltar, no entanto, que a primeira lesão não ocorre, necessariamente, após o primeiro contato com o vírus. No geral, a primeira manifestação aparece em um contexto de baixa imunidade, que pode ser logo após o primeiro contato ou após um tempo. Essa primeira infecção costuma ser mais grave porque o organismo não gerou anticorpos para combater aquele vírus, e muitas vezes a reação é mais exacerbada.

Na maioria dos casos, a doença apresenta sintomas leves e passageiros. No entanto, indivíduos com HIV, pessoas idosas ou imunossuprimidas são considerados grupo de risco e podem ter manifestações mais graves. Bebês também podem contrair herpes, inclusive durante o parto, e evoluir para quadros mais graves.

3. Tem cura? 

Não existe vacina ou cura para o herpes simples. Fatores como exposição solar, variações hormonais ou estresse favorecem o aparecimento das lesões. Uma das grandes dificuldades no desenvolvimento de uma vacina eficaz contra o HSV é a capacidade do vírus de se “esconder” do sistema imunológico, ficando latente após o primeiro contato. 

4. Qual o tratamento?

Atualmente, o tratamento é feito com medicamentos antivirais que ajudam a desacelerar a progressão das feridas. No entanto, muitas pessoas reclamam que as medicações disponíveis são pouco eficazes e demoram alguns dias para mostrar efeitos. 

Para contornar essa demora, o ideal é começar a tomar o antiviral antes mesmo do aparecimento das lesões, quando ocorre uma sensação de coceira ou formigamento na região onde elas costumam aparecer. Isso porque o remédio não é capaz de interromper o ciclo das bolhas que já estão ativas, apenas evitar sua propagação.

Além dos antivirais, alguns especialistas também indicam o uso de laserterapia para o tratamento de feridas na região da boca. Nesses casos, o laser pode ser utilizado para diminuir a duração da lesão e ajudar na cicatrização.

5. Como prevenir?

Assim como os tratamentos não evoluíram muito nos últimos anos, as recomendações para evitar a transmissão do herpes também continuam as mesmas. 

Como o contágio ocorre principalmente por meio de feridas ativas, é importante evitar contato íntimo durante a fase aguda da doença, enquanto as lesões estão visíveis (isso inclui evitar beijos e relações sexuais). Também é recomendado não tocar as feridas para que elas não se espalhem para outros locais do corpo. 

Embora seja mais raro, indivíduos que não apresentam nenhuma lesão de herpes também podem transmitir a doença por meio do contato com a pele ou mucosa de uma pessoa não infectada.

No caso do herpes genital, nem mesmo o uso de camisinha é suficiente para prevenir totalmente a transmissão, já que os preservativos masculinos e femininos protegem apenas as áreas de pele que eles encobrem e o contágio pode acontecer a partir de lesões na base do pênis, na bolsa escrotal ou em áreas expostas da vulva, por exemplo.

Posts relacionados