Também conhecida como a gripe espanhola, doença surgiu há mais de 100 anos.
Por Dr. Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein / CRM SP 11 034

Influenza é uma virose respiratória causada pelos vírus Influenza A e B. Existe também o vírus da influenza C, mas ele raramente causa doença.

A doença é essencialmente respiratória; causa febre, tosse e dor de cabeça. A complicação mais séria é a pneumonia, seja pelo próprio vírus ou por infecção bacteriana secundária — devido à invasão de bactérias em mucosa pulmonar lesada. Nas epidemias de Influenza, crianças pequenas, obesos, mulheres grávidas e pacientes com doenças pulmonares crônicas têm casos mais graves.

Há variações dos vírus Influenza A e Influenza B, com diferentes intensidades, além do Influenza C (que costuma ser inofensivo). Os tipos A e B do vírus causam quadros semelhantes, mas todas as epidemias são por vírus A.

A doença provavelmente veio de vírus de aves e a grande epidemia de influenza de 1918, a gripe espanhola, foi possivelmente uma passagem direta do vírus aviário aos humanos. As outras epidemias de influenza são por vírus recombinantes, aviários e suínos que depois atacam o homem.

O vírus é disseminado por gotículas (de secreções) e é bastante contagioso.

Exames laboratoriais são utilizados para identificar a Influenza, principalmente o exame de citologia nasal.

Existem remédios eficientes se tomados no início do quadro, como o oseltamivir, o zemanivir e o baloxavir, mas a melhor maneira de evitar a Influenza é vacinando-se anualmente.


A vacina administrada na rede pública leva 3 cepas de vírus, duas de A e uma de B. Existem vacinas com duas cepas de A e duas de B, mas só em clínicas privadas de vacinação. Estão sendo desenvolvidas vacinas que contemplam todas as cepas e que forneçam imunidade por mais tempo.