Liraglutida: entenda as indicações e os cuidados ao usar o medicamento

3 minutos para ler

A liraglutida é um medicamento antidiabético que faz parte do grupo conhecido como “miméticos da incretina” — também chamados de agonistas do GLP-1, hormônio produzido naturalmente pelo intestino e que tem ação no pâncreas. Ela atua especificamente sobre a liberação da insulina, hormônio que regula os níveis de açúcar no sangue. 

Associada a uma rotina de exercícios físicos e dieta balanceada, a liraglutida pode ser indicada para tratar quadros de diabetes mellitus tipo 2 e de obesidade. No Brasil, está liberada para uso em adultos e crianças a partir dos 12 anos de idade, sempre sob orientação médica.

Como usar a liraglutida 

Este medicamento é comercializado no país sob tarja vermelha, o que significa que exige prescrição médica. A liraglutida pode ser encontrada nas farmácias como uma solução a ser acoplada em uma caneta dosadora.

O acompanhamento durante seu uso garante não só uma melhor eficácia, mas também diminui o risco de efeitos colaterais.

Efeitos colaterais

Como a liraglutida estimula a liberação de insulina em resposta a refeições, o risco de hipoglicemia é geralmente baixo quando ela é utilizada isoladamente. No entanto, a possibilidade de hipoglicemia pode aumentar se o paciente estiver usando outros medicamentos que reduzem o açúcar no sangue, como insulina ou sulfonilureias. Manter uma dieta equilibrada é essencial para o manejo eficaz do diabetes e para evitar flutuações nos níveis de açúcar no sangue. 

As manifestações de hipoglicemia podem incluir:

  • Tremedeira;
  • Sudorese;
  • Irritabilidade e impaciência;
  • Sonolência;
  • Fraqueza e fadiga.

Além disso, outros efeitos colaterais comuns do medicamento incluem:

  • Dor de cabeça;
  • Constipação;
  • Diarreia;
  • Azia;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Perda de apetite;
  • Erupção cutânea ou vermelhidão no local da injeção.

Contraindicações

A liraglutida é contraindicada a indivíduos alérgicos ao medicamento ou a qualquer um de seus componentes, bem como a quem apresenta histórico pessoal ou familiar de carcinoma medular da tireoide ou síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2. Também deve-se evitar seu uso junto de remédios com efeitos similares aos da liraglutida, como albiglutida, dulaglutida e exenatida.

É importante destacar que, apesar de ser uma forma de tratamento de diabetes, a medicação não serve para todos os casos. Pessoas diagnosticadas com o diabetes tipo 1 ou cetoacidose diabética, por exemplo, não devem usá-la.

Informe seu médico se estiver grávida, planejar engravidar ou for lactante. As injeções de liraglutida devem ser utilizadas com cautela nesses casos e sempre com acompanhamento de profissionais da saúde.


Revisão técnica: Luiz Antônio Vasconcelos (CRM 124.634/RQE 75628), médico especialista em Clínica Médica, Medicina Interna, Cardiologia e Ecocardiografia. Cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Albert Einstein.

Posts relacionados