Hormônio pode ajudar a iniciar o sono em casos de distúrbios específicos.
Por Dra. Leticia Soster, neurologista infantil e neurofisiologista clínica da Medicina do Sono Einstein / CRM SP 122 544
A melatonina é um hormônio produzido pelo nosso organismo, mais precisamente na glândula pineal, que fica no nosso cérebro. Ela é liberada no início da noite, quando cai a iluminação natural, porém tem um pico de produção maior algumas horas após o anoitecer e ajuda a promover o início do sono.
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O hormônio pode ser sintetizado ou extraído de animais – e assim ser administrado a pessoas. Essas formulações têm sido bastante utilizadas na prática médica, mas principalmente sem orientação médica.
Nos EUA, o FDA (Food and Drug Administration) não considera a melatonina como um medicamento e a categoriza como um suplemento alimentar.
Isso dificulta muito o controle, pois dessa forma pode haver várias formulações, sintéticas ou naturais, em modo de apresentação e dosagem diferentes. Já no Brasil há liberação para formulação em farmácias de manipulação e, desde outubro de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza o uso da melatonina na forma de suplemento alimentar.
Recomendações médicas para o uso da melatonina
A melatonina é bem segura. Ela é usada principalmente em casos de jet lag – desregulação do sono que ocorre após uma viagem no qual ultrapassamos vários fusos horários –, distúrbios de ritmo circadiano ou em casos extremamente específicos de insônia.
Ponto de atenção
Algumas pessoas recorrem a melatonina sem recomendação médica. O problema é que nem sempre ela é a solução: caso o problema seja comportamental, provavelmente no momento em que o hormônio deixar de ser consumido o problema voltará. É importante lembrar que ela não mantém o sono, apenas ajuda a iniciar.
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