Conhecida popularmente apenas como pólio, a doença está quase erradicada. Quase.
O que é poliomielite?
Doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos.
Quais são os sintomas da doença?
A doença se manifesta como febre, dor de cabeça e, em cerca de 90% dos casos, especialmente quando adquirida na infância, não evolui além disso. No entanto, em 10% dos casos aparecem paralisias de maneira irregular, afetando os membros e, nos casos mais graves, a musculatura respiratória. A lesão é definitiva. Se o paciente melhorar, é porque usa outros músculos para suprir o déficit.
Tipos de poliomielite
A poliomielite é causada por três cepas muito semelhantes de enterovírus, batizadas com os nomes “pólio um”, “pólio dois” e “pólio três”. A doença não difere por conta da cepa infectante.
Principais causas da poliomielite
A pólio poderia estar erradicada do mundo, mas, na fase final de vacinação em massa na Nigéria e no Paquistão, foi disseminada desinformação afirmando que a vacina feita no ocidente serviria para esterilizar mulheres muçulmanas. Sendo assim, tem sido impossível erradicar esta doença.
Como é transmitida a poliomielite?
Pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções da boca das pessoas doentes.
Como é feito o diagnóstico?
Por meio de análise clínica e exames como eletromiografia, exame de fezes e punção lombar.
Qual é o tratamento para poliomielite?
Não estão disponíveis medicações que tratem esta infecção. Por isso, é essencial a profilaxia (prevenção).
Como prevenir a doença?
Estão disponíveis duas vacinas muito eficientes: a oral, tipo Sabin, e a intramuscular, tipo Salk. A vacina Sabin — que é de vírus vivo — muito, mas muito raramente, pode voltar a ser patogênica, cerca de um caso em um milhão.
Por isso, mesmo com um dos vírus erradicados da natureza (o vírus 2), há uma recomendação de que em países onde a pólio selvagem desapareceu — incluindo o Brasil — seja usada a vacina intramuscular tipo Salk, exclusivamente. Ela é mais difícil de aplicar e são mais doses, mas não há risco.
Revisão técnica: Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein.