Pólipos nasais: confira 6 dúvidas frequentes sobre a inflamação

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O Pólipo é um tumor semelhante a uma verruga e pode aparecer não só no nariz, mas também em partes do corpo que são recobertas por mucosas — caso da boca, do útero e do ânus. Embora sejam provocados por uma multiplicação atípica de algumas células, os pólipos costumam ser benignos e não têm relação com o câncer.  

No caso do nariz, os pólipos geralmente crescem na entrada dos seios paranasais, cavidades aéreas localizadas nos ossos do crânio e da face que, entre outras funções, ajudam a filtrar o ar e aquecer o ar que chega aos pulmões. 

1. Por que eles aparecem?

Os pólipos são resultado de processos inflamatórios crônicos e estão associados à asma, infecções recorrentes, alergias, sensibilidade a algumas substâncias e a alterações imunológicas.   

2. Pólipo e carne esponjosa são a mesma coisa?

Não. A carne esponjosa, que também é chamada de adenoide, é um tecido que se localiza na região entre o nariz e a garganta. Assim como as amígdalas, a adenoide é formada por um aglomerado de células que produzem anticorpos a fim de combater infecções. Na idade adulta, amígdalas e adenoide tendem a ficar menores.   

Algumas vezes, a expressão carne esponjosa também é usada para se referir aos cornetos nasais, estruturas localizadas nas paredes laterais do nariz.   

3. Quais são os sintomas?

Apesar de indolores, os pólipos nasais causam irritação e um leve inchaço na mucosa do nariz, além de provocar vários outros incômodos. É indicado procurar um otorrinolaringologista se notar que um ou mais destes sintomas apareceram há mais de dez dias:    

  • obstrução e congestão nasal;   
  • espirros constantes;   
  • excesso de secreção no nariz;   
  • sensação de secreção escorrendo pela garganta (gotejamento pós-nasal);  
  • redução ou mesmo perda do olfato;   
  • dor no rosto;   
  • coceira ao redor dos olhos e infecções crônicas dos seios paranasais. 

Inclusive, algumas pessoas não se dão conta de que algo está errado, porque se habituaram a conviver com o desconforto.  

4. Como é feito o diagnóstico?

Por meio de avaliação clínica. Dependendo do caso, o médico pode solicitar uma biópsia para descartar a hipótese de câncer.    

5. E o tratamento?

É preciso controlar o processo irritativo, alérgico ou infeccioso que está por trás do aparecimento dos pólipos — caso contrário, eles podem voltar. Em paralelo, o médico prescreve corticosteroides por via oral ou na forma de spray nasal para eliminar os pólipos.  

Existe também uma substância chamada dupilumabe, que contribui para fazer os pólipos regredirem. Trata-se de um anticorpo monoclonal, ou seja, produzido em laboratório a partir de células vivas do paciente, que contribui para a regressão dos pólipos. 

6. É necessário fazer cirurgia?

Depende do caso. A remoção cirúrgica é recomendada quando os pólipos obstruem as vias respiratórias e provocam infecções recorrentes nos seios paranasais. Em alguns casos, o procedimento cirúrgico é feito para corrigir os seios paranasais ou remover parte deles a fim de evitar que outros pólipos apareçam.   


 Revisão Técnica:  Sabrina Bernardez Pereira – Médica Economia da Saúde Hospital Israelita Albert Einstein, especialista em Cardiologia pela SBC/AMB, doutorado em Ciências Cardiovasculares UFF. 

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