Psyllium é uma fibra solúvel derivada das cascas das sementes da planta Plantago ovata. Há relatos de que desde a Antiguidade ela é usada para fins medicinais. Na China, desde 250 a.C. a planta e suas sementes são conhecidas. Era chamada de “a mãe das ervas” em poemas anglo-saxões no começo da história britânica. E sabe-se que já no século 16 era usada na Europa para ajudar a saúde intestinal.
Hoje, é muito utilizada como suplemento. Isso se deve ao fato de que, em contato com a água, esse tipo de fibra forma um gel viscoso que favorece a regularidade do intestino.
Pode ser encontrada em farmácias e lojas de produtos naturais na forma de pó, que deve ser diluído em água.
Em geral, costuma ser usado para quatro situações:
1. Regulação do intestino: o psyllium melhora a função intestinal, aumentando a frequência e a consistência das fezes. Estudos indicam que ele é eficaz em aliviar a constipação, podendo inclusive ser mais eficiente que laxantes em alguns casos.
2. Controle do colesterol: pode ajudar a reduzir os níveis de LDL (colesterol ruim) e contribuir para a saúde cardiovascular.
3. Diminuição da glicemia: em alguns estudos o psyllium também tem mostrado benefícios no controle dos níveis de açúcar no sangue, especialmente em pessoas com diabetes tipo 2, contribuindo para evitar picos de glicemia e melhorando a sensibilidade à insulina.
4. Aumento da saciedade: graças à formação do gel, o psyllium pode auxiliar no controle do apetite, contribuindo para a perda de peso em uma dieta equilibrada.
Quem deve usar?
Pessoas que sofrem de constipação crônica podem se beneficiar do uso de psyllium para melhorar a regularidade intestinal. Quem tem colesterol alto pode considerar o uso como parte da estratégia de manejo dietético para ajudar a reduzir os níveis de LDL.
Como consumi-lo?
Além do pó, também é possível encontrar o psyllium na forma de farinha. Nesse caso, pode ser acrescentado em receitas como suco verde, bolos e panquecas.
Existem contraindicações?
Assim como qualquer suplemento, mesmo utilizado em sua forma natural, o uso sempre deve ser orientado e acompanhado por um profissional de saúde. É importante ajustar a forma de uso e a dose individualmente, pois o excesso pode causar efeitos colaterais como inchaço, gases e cólicas.
Além disso, o psyllium pode interferir na absorção de certos medicamentos, portanto, é aconselhável tomá-lo em horários separados. Pessoas com obstrução intestinal ou dificuldades de deglutição devem evitar o uso de psyllium sem orientação médica.
Revisão técnica:
Gabriela Mieko Yoshimura, nutricionista esportiva do Espaço Einstein de Reabilitação e Esporte do Hospital Israelita Albert Einstein;
João Roberto Resende Fernandes (CRM-SP 203006/RQE 91325), médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico, especialista em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.