Quais cuidados tomar ao utilizar o meloxicam? 

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O meloxicam é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE), que atua inibindo a produção de prostaglandinas, substâncias que causam dor, febre e inflamação no corpo. Ele costuma ser indicado para tratar quadros de:

  • Osteoartrite (uma doença degenerativa causada pela ruptura do revestimento das articulações) 
  • Artrite reumatoide (condição inflamatória crônica associada ao inchaço do revestimento das articulações)
  • Artrite reumatoide juvenil (um tipo de artrite que afeta especificamente crianças com dois anos ou mais)
  • Dismenorreia primária (cólicas dolorosas na parte inferior do abdômen que surgem no período pré-menstrual e menstrual)

Como usar o meloxicam

Classificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com tarja vermelha, o meloxicam só pode ser comercializado nas farmácias mediante a apresentação de uma receita profissional. A medida tem o objetivo de manter um maior controle sobre a circulação desse produto.

Vale lembrar que, se utilizado fora das instruções profissionais, o remédio pode atrapalhar a eficácia do tratamento, causar efeitos colaterais graves e gerar prejuízos à saúde do usuário. Por isso, inclusive, a recomendação de seguir à risca a indicação médica em relação à dose, à frequência e ao tempo de uso da substância. Além disso, é importante destacar que a interação medicamentosa com outros fármacos, como anticoagulantes, corticoides e anti-hipertensivos, pode ser perigosa e trazer sérios riscos à saúde.

Disponível na forma de comprimido e suspensão oral, ele é geralmente tomado uma vez ao dia, com ou sem alimentos. Também costuma ser recomendado que as doses sejam ingeridas sempre no mesmo horário.

Efeitos colaterais

No geral, os efeitos colaterais mais comuns do meloxicam incluem:

  • Dor de estômago;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Azia;
  • Diarreia;
  • Constipação;
  • Gases;
  • Tontura.

O paciente deve procurar atendimento médico imediatamente se apresentar alguns dos sintomas mais agravados, como:

  • Reação alérgica (urticária, dificuldade para respirar, inchaço no rosto ou na garganta) 
  • Sinais de sangramento gastrointestinal (fezes com sangue ou cor de alcatrão, tosse com sangue ou vômito com aparência de borra de café)
  • Problemas no fígado (náusea, dor na parte superior do estômago, coceira, sensação de cansaço, sintomas semelhantes aos da gripe, perda de apetite, urina escura, fezes com cor de argila e amarelamento da pele)
  • Reação cutânea grave (febre, dor de garganta, ardência nos olhos, dor na pele, erupção cutânea vermelha ou roxa com bolhas e descamação)
  • Sinais de anemia (pele pálida, cansaço incomum, sensação de tontura, mãos e pés frios)
  • Problemas renais (pouca ou nenhuma micção, inchaço nos pés ou tornozelos, sensação de cansaço e falta de ar)

Contraindicações

O meloxicam é contraindicado a pessoas alérgicas a qualquer ingrediente de sua formulação. O mesmo vale para quem já apresentou sensibilidade a outros AINEs, como ibuprofeno e naproxeno.

Devido à maior vulnerabilidade a efeitos colaterais graves, para ter certeza de que o meloxicam é seguro para você, informe ao seu médico tenha histórico clínico de: 

  • Doença cardíaca;
  • Pressão alta;
  • Colesterol alto; 
  • Diabetes mellitus;
  • Ataque cardíaco;
  • Derrame; 
  • Úlcera;
  • Sangramento estomacal;
  • Asma;
  • Doença renal;
  • Doença hepática;
  • Retenção de fluidos.

Por fim, grávidas não devem tomar meloxicam, a menos que seja uma recomendação médica. Isso porque o uso de AINEs durante as últimas 20 semanas de gestação pode causar o desenvolvimento de problemas cardíacos ou renais graves no feto, bem como possíveis complicações na gravidez.


Revisão técnica: Alexandre R. Marra (CRM 87712), pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE)

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