A melatonina é um hormônio produzido pelo nosso organismo, mais precisamente na glândula pineal, que fica no nosso cérebro. Ela tem um pico de produção maior algumas horas após o anoitecer e ajuda a promover o início do sono.
Na forma de suplemento, a melatonina costuma ser utilizada principalmente para lidar com casos de mudanças de fuso horário durante viagens (o famoso jet lag) e em quadros de distúrbios do sono associados, por exemplo, a rotinas de trabalho em horário noturno ou alternado, e também para alguns casos específicos de insônia.
Como usar a melatonina
A substância pode ser encontrada naturalmente, em pequenas concentrações, dentro de alimentos e bebidas (frutas, cereais, carnes, leite e vinho) ou ser produzida sinteticamente.
Desde 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza sua comercialização no país como suplemento alimentar, destinado exclusivamente a pessoas com mais de 19 anos, e a uma dosagem diária máxima de 0,21 mg. A melatonina está disponível no formato de comprimidos, cápsulas, suspensão oral e gomas mastigáveis.
Embora seja um produto de venda livre, o que significa que não exige prescrição, é recomendado consultar-se com um médico antes de usá-lo. Vale lembrar que a dificuldade para dormir pode não ser o problema em si, mas um sintoma de outros distúrbios, como depressão, ansiedade ou apneia do sono.
Efeitos colaterais
Apenas efeitos colaterais leves foram associados ao uso da melatonina. Eles incluem:
- Dor de cabeça;
- Tontura;
- Náusea;
- Sonolência.
Contraindicações
Esse suplemento pode não ser indicado a pessoas com histórico de reação alérgica à melatonina, diabetes, depressão, problemas de coagulação do sangue, pressão alta ou baixa e epilepsia. Recomenda-se que grávidas e lactantes também busquem orientação médica antes de usar o suplemento.
Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes (CRM-SP 203006 / RQE 91325), médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico, especialista em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.