Qual a importância do atendimento pré-hospitalar?

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Alguns protocolos ocorrem antes de o paciente chegar ao hospital — como em casos de afogamento, distúrbios psiquiátricos e outros. Isso porque os primeiros socorros de atendimento pré-hospitalar (APH) já auxiliam no cuidado com a vítima.

Rapidez, segurança e eficiência nesses procedimentos podem ser determinantes para que o APH seja bem-sucedido. Afinal, os casos que costumam exigir um tratamento prévio são urgentes e precisam de uma resposta emergencial para salvar vidas.

Quer saber mais sobre o que é o atendimento pré-hospitalar, como ele funciona, qual é a sua importância e outras informações relevantes? Continue a leitura e fique por dentro!

O que é atendimento pré-hospitalar?

Trata-se do auxílio de vítimas que passam por episódios com exigência de atendimento urgente ou emergencial antes de chegar ao hospital. É o caso de quem passou por afogamento ou sofreu violência urbana — dentre outros quadros que colocam a integridade física e mental do paciente em risco, a curto prazo.

Por exemplo, se você sente fraqueza ao realizar atividades habituais, mesmo sem motivo aparente, pode apresentar algum problema de saúde. No entanto, tratar isso não exige a mesma urgência de um APH, focado em conter os danos de situações graves.

Como funciona o atendimento pré-hospitalar?

O APH funciona com o encaminhamento de uma equipe médica capacitada até o local da vítima, após contato com a Central de Atendimento. Durante a ligação, é o momento de fazer uma triagem do quadro para definir o tipo de ambulância e de profissionais capacitados para o atendimento pré-hospitalar.

Por exemplo, se o paciente for uma pessoa obesa, é necessário ter uma maca especial para encaminhá-lo ao hospital, se necessário. Sem o material adequado, o equipamento pode não resistir ao peso e piorar o quadro do indivíduo. Um caso similar ocorreu no começo de 2023 em São Paulo, levando o enfermo a óbito por falta de maca adequada.

Outra etapa do APH é a orientação de quem entrou em contato com a Central de Atendimento. Afinal, pode ser necessário que a pessoa no local realize os primeiros socorros até que os profissionais cheguem.

Portanto, é preciso oferecer o atendimento pré-hospitalar 24 horas por dia, durante todos os dias da semana. Ainda, é importante encaminhar o paciente ao hospital mesmo sem uma pré-consulta, por se tratar de quadros graves. Outra característica do APH é fornecer todas as orientações necessárias, remotamente ou não.

Qual é a importância do atendimento pré-hospitalar?

O atendimento pré-hospitalar salva vidas em casos de urgência e emergência, nos quais o tempo levado para os pacientes serem atendidos pode ser determinante. Além disso, o APH também é importante para prevenir agravamentos de quadro, que poderiam trazer consequências imediatas ao enfermo.

Por exemplo, pacientes que tiveram infarto podem sofrer de insuficiência cardíaca se sobreviverem. Isso porque tendem a surgir lesões e cicatrizes na área afetada, que ficou sem receber sangue. 

Essa região terá dificuldade de bombear sangue para o organismo — o que atrapalha a qualidade de vida do indivíduo e pode ser grave. Por isso, quanto mais rápido o atendimento pré-hospitalar socorrer a vítima, menos riscos de sequelas ela terá.

Quais são as etapas do atendimento pré-hospitalar?

O APH precisa de profissionais de alto nível técnico e humanização dos procedimentos. Não existe delimitação de qual deles exercerá determinada função, desde que obedeçam aos limites da lei e sigam as etapas exigidas, como:

  • averiguar os riscos oferecidos no ambiente para o paciente, a equipe e as demais pessoas no entorno, e tomar as providências;
  • identificar quantas vítimas existem no local e a gravidade de cada uma, para entrar em contato com a unidade de saúde e solicitar o suporte adequado;
  • avaliar o nível de ameaças ao entorno — como riscos de colisão, desabamento, atropelamento, etc. —, para saber quão rápido o atendimento deve ocorrer;
  • se houver algum tipo de perigo, é preciso que os profissionais de APH esperem ajuda especializada, para evitar riscos;
  • é sempre indispensável preservar a coluna cervical e realizar a manutenção das vias aéreas desobstruídas;
  • acompanhar o padrão respiratório, que pode indicar a gravidade do quadro;
  • avaliar o padrão circulatório e controlar as hemorragias;
  • acompanhar o surgimento de possíveis problemas neurológicos;
  • prevenir a hipotermia, que pode causar fraqueza, confusão mental e outros problemas;
  • sinalizar o atendimento pré-hospitalar prestado, como com cones, galhos de árvores etc., no ambiente para evitar outros acidentes. 

Como funciona o APH com a Ambulância do Einstein?

O Hospital Albert Einstein, que também conta com o médico de família, oferece atendimento pré-hospitalar para serviços médicos de emergência e urgência. Ele pode ser solicitado em qualquer situação grave que exija um tratamento de curto prazo, como traumas, doenças cardiovasculares e neurológicas, remoções aéreas etc.

A assistência médica e ambulância com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Einstein funcionam 24 horas por dia e atendem pacientes de qualquer faixa etária. Tudo isso inclui uma equipe multiprofissional qualificada para cuidar desses indivíduos em variados contextos.

Inclusive, o Einstein é o primeiro hospital do Brasil a ter uma ambulância com um equipamento de ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea) — indicado para pacientes com falência respiratória e que não reagem às estratégias convencionais, comum em vítimas graves da Covid-19.

Então, tirou suas principais dúvidas sobre o atendimento pré-hospitalar? Ao longo da leitura, vimos que se trata de uma estratégia essencial para prevenir complicações de saúde e salvar vidas. Porém, a eficácia do APH depende da qualificação da equipe, da rapidez no procedimento e do uso de equipamentos de qualidade.

Quer saber mais sobre o funcionamento da Ambulância do Einstein e como ela pode ser sua aliada, caso precise solicitar esse serviço um dia? Entre em contato conosco!

Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

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