Por Dra. Romy Schmidt Brock Zacharias, Coordenadora Médica da equipe de Neonatologia do Hospital Israelita Albert Einstein / CRM SP 94 608
As cólicas do bebê aparecem nas primeiras semanas de vida, são autolimitadas (elas terminam sem necessidade de tratamento), apresentando melhora após o 3.º ou 4.º mês de vida.
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Os bebês com cólicas podem ter crises de choro agudo e vermelhidão da face. Eles se contorcem e flexionam as pernas, além de franzirem a testa e cerrarem os punhos. As barrigas também endurecem e podem liberar muitos gases intestinais.
As cólicas, apesar de atrapalharem muito o seu bebê e serem um motivo de angústia para os pais, não são perigosas e não levam a problemas sérios.
Causa, diagnóstico e tratamento
Não se sabe ao certo a causa das cólicas, mas acredita-se que podem fazer parte do desenvolvimento intestinal das crianças e podem estar relacionadas a algum grau de imaturidade do trato gastrointestinal e da flora bacteriana local, sendo um período de adaptação na vida do bebê.
O diagnóstico de cólica na criança deve ser feito em conjunto com o pediatra, que primeiramente afastará outras causas de dor abdominal que podem ser patológicas e precisam ser tratadas.
Caso seu bebê apresente cólica, oferecemos algumas dicas:
- Aplique uma massagem circular no abdômen, no sentido horário;
- Faça compressas ou bolsinhas de água morna (sempre testando a temperatura antes de entrar em contato com a criança); uma boa opção é aquecer a barriga do bebê na própria barriga da mãe (pele a pele)
- Ofereça um banho relaxante;
- Faça movimentos de bicicleta com as pernas do bebê pressionando-as suavemente contra o abdômen.
O uso de medicações para o controle da dor (como fitoterápicos, antigases e probióticos) só podem ser usadas sob recomendação médica, por isso, conte sempre com a orientação de seu pediatra.