Seis fatos sobre o câncer de pênis

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Rara, essa doença geralmente acomete homens com mais de 50 anos e como nas outras neoplasias malignas, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura.

A neoplasia maligna (câncer) de pênis é comum?

Não. No Brasil, por exemplo, a neoplasia de pênis responde por 2% dos diagnósticos de todos os tipos de câncer identificados em homens e é mais frequente nas regiões Norte e Nordeste. Nos Estados Unidos, segundo a American Cancer Society, esse número representa 1% dos diagnósticos de neoplasias malignas em homens. A mesma entidade americana prevê que, em 2023, serão diagnosticados cerca de 2.000 novos casos no país.

Sintomas do câncer de pênis: Principais sinais de alerta

Conhecer o próprio corpo a ponto de perceber coisas que não aconteciam antes é um recurso poderoso para detectar problemas de saúde. No caso do câncer de pênis, uma ferida ou úlcera persistente é o primeiro sinal de alerta, segundo o Ministério da Saúde, que também recomenda atenção aos seguintes sintomas:

  • Tumoração na cabeça do pênis (glande) e na pele que a recobre, e no corpo do pênis;
  • Presença de secreção branca (esmegma);
  • Aumento anormal do tecido que recobre a cabeça do pênis;
  • Nódulos na virilha, que podem sinalizar progressão da doença.

Caso o homem note qualquer um dos sinais acima, deve procurar um médico. No caso das feridas, retira-se um pequeno fragmento, que é enviado para análise laboratorial. 

É verdade que a higiene íntima inadequada está associada ao aparecimento do câncer de pênis?

Sim. A limpeza diária do pênis com água e sabonete evita o acúmulo de secreções que podem levar à proliferação de bactérias e infecções. É justamente para melhorar a higiene que deve ser considerada a remoção do prepúcio, a pele que reveste a glande.

HPV e câncer peniano estão relacionados?

Sim. A infecção pelo HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano, vírus que infecta a pele e a mucosa oral, genital ou anal) é sexualmente transmissível e pode ser responsável pelo aparecimento de tumores não só no pênis, mas também no útero e no ânus. 

Segundo dados do Cancer Research UK, cerca de 60% dos casos de câncer peniano estão relacionados à infecção por HPV.  Da mesma maneira, o HIV aumenta a probabilidade de desenvolvimento de câncer de pênis. Por isso, o uso de preservativo é imprescindível, inclusive durante a prática de sexo oral.

Causas do câncer de pênis: Quais os principais fatores podem favorecer seu surgimento?

Além dos hábitos de higiene inadequados e a infecção por HPV, existem outros fatores que favorecem o aparecimento da doença. O câncer de pênis é mais comum em homens com baixas condições socioeconômicas e/ou de instrução  justamente por falta de informação e de possibilidades de se protegerem contra a doença. O estreitamento do prepúcio é outro fator de risco, já que homens que não se submeteram à circuncisão, cirurgia para remover o prepúcio (pele que reveste a glande, a “cabeça” do pênis), estão mais sujeitos a desenvolver câncer peniano.Por fim, o tabagismo também deixa os homens mais suscetíveis à doença, risco que aumenta se o fumante for portador de HPV.  Da mesma forma, portadores de HIV também correm mais risco, não só por causa da imunidade baixa, mas também porque tabagismo e infecção por HPV são duas condições frequentes entre homens que convivem com o HIV.

A amputação do pênis é o único tratamento?

Não. A detecção precoce reduz muito esse risco. A amputação só é realizada em casos mais graves. Tudo depende do estágio em que o tumor se encontra. Nas fases iniciais, a remoção cirúrgica da lesão e sessões de radioterapia ou mesmo de quimioterapia costumam ser as condutas terapêuticas adotadas.

Confira a série Entendendo o Câncer para ler todos textos que produzimos a respeito das formas mais comuns da doença, aprenda sobre o tema e saiba o que é verdade ou mentira quando se fala sobre esse assunto tão importante.

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