Você sabe a diferença entre cálculo renal e pedra na vesícula?

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Descubra o que são, causas, sintomas, diagnóstico e tratamentos para cálculo renal e pedra na vesícula. Confira o conteúdo completo!

Por Dr. Sergio Araujo, coordenador do Programa de Cirurgia do Einstein / CRM SP 75 637

Os cálculos renais ocorrem no sistema urinário – rins, ureteres, bexiga e uretra. Já os cálculos biliares afetam o sistema biliar, como vesícula biliar, ductos cístico, hepáticos e colédoco. 

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“Eles não guardam nenhuma semelhança. Somente pelo nome e pelo fato de provocarem forte dor em cólica durante o seu deslocamento”, explica o Dr. Sergio Araujo, coordenador médico do Programa de Cirurgia do Einstein.  Confira as principais informações sobre o tema.

Cálculo renal e pedra na vesícula: o que são?

Cálculo renal

Conhecido popularmente como pedra no rim, é uma pequena massa sólida formada a partir de pequenos cristais. O cálculo pode ser encontrado tanto nos rins quanto em qualquer outro órgão do trato urinário. 

Ele pode ser isolado ou múltiplo em um mesmo paciente e quando presentes nos rins, mais frequentemente, são assintomáticos. Os cálculos renais originam sintomas, como a cólica renal, quando se deslocam a partir do rim pelos ureteres em direção à bexiga e uretra. Ou seja, provocam sintomas no momento em que o corpo humano tenta eliminá-los.

Pedras na vesícula ou cálculos biliares

Se referem à presença de um ou mais cálculos na vesícula biliar ou nos dutos biliares. O sistema de dutos biliares (duto cístico, hepáticos e duto colédoco) comunicam a vesícula biliar à primeira porção do intestino delgado, conhecida como duodeno.

A bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, a qual é necessária à digestão e absorção de gorduras segue o caminho dos dutos biliares. Os cálculos biliares são formados pela aglomeração de cristais. 

Quais são as causas?

Cálculos renais têm como causas mais frequentes o volume insuficiente de urina causado por desidratação ou pouca ingesta diária de líquidos, distúrbios metabólicos que resultam em excesso de excreção urinária de cálcio, fosfato, oxalatos e cistina, além da pouca excreção urinária de citrato, distúrbios metabólicos do ácido úrico e da glândula paratireoide e, por fim, obstrução das vias urinárias.

Cálculos biliares são formados por problemas de solubilidade do colesterol e das bilirrubinas (constituintes normais da bile) de causa pouco conhecida. Porém, alguns fatores de risco que levam à formação de cálculos biliares são conhecidos e incluem mulheres em idade fértil ou com mais de 40 anos, obesidade, dieta rica em gordura e pobre em fibras, terapia com estrógenos, predisposição familiar e antecedente pessoal de anemia hemolítica. 

Como diferenciá-los?

A cólica biliar não complicada é caracterizada por dor abdominal de início súbito, mais frequentemente na parte da frente do abdome e do lado direito do corpo. A dor é de forte intensidade, pode estar associada a náuseas ou vômitos e pode ou não responder aos antiespasmódicos administrados por via oral.

A icterícia (coloração amarelada da pele e da parte branca dos olhos) ocorre nos casos onde há obstrução dos dutos biliares pelos cálculos. Nos casos complicados por colangite (infecção dos dutos biliares) ou pancreatite (inflamação do pâncreas), dor abdominal contínua, febre e grave acometimento do estado geral podem ocorrer.

A cólica renal é bastante conhecida por ser de forte intensidade, também associada eventualmente a náuseas e vômitos. Localiza-se na parte do dorso (costas) no lado do corpo em que o cálculo está em movimento e pode irradiar para a região genital.

A presença de sangue na urina, mais frequentemente de forma microscópica é característica. A infecção urinária é a complicação mais frequentemente associada aos cálculos urinários e é especialmente perigosa em pacientes com diabetes ou outro tipo de condição clínica imunossupressora.

Tratamento

O diagnóstico de cálculos biliares requer, salvo raras exceções, a remoção cirúrgica da vesícula biliar por via minimamente invasiva e a retirada dos cálculos eventualmente presentes nos dutos biliares, mais frequentemente através de uma endoscopia digestiva – antes da cirurgia da vesícula, ou, se isso não for possível, durante a cirurgia da vesícula biliar.

Para os cálculos urinários, a litotripsia e métodos endoscópicos são mais frequentemente utilizados. Para muitos cálculos urinários, a eliminação espontânea pode ocorrer sem necessidade de instrumentação da via urinária.

Da mesma forma, a litotripsia permite fragmentar um cálculo urinário e aumentar as chances de que ele seja eliminado. Por outro lado, para os cálculos maiores, a bexiga urinária, os ureteres ou mesmo os rins podem ser acessados por método endoscópico (por via transuretral ou percutânea) e os cálculos podem ser fragmentados no interior do sistema urinário e então removidos.​

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