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O diazepam é um medicamento benzodiazepínico que aumenta as concentrações de uma substância no cérebro conhecida como ácido gama-aminobutírico (GABA). Os benzodiazepínicos pertencem ao grupo de medicamentos chamados depressores do sistema nervoso central (SNC), que desaceleram o sistema nervoso.
Costuma ser recomendado para aliviar os sintomas da ansiedade e controlar a agitação causada pela abstinência de álcool. Junto de outros remédios, pode controlar espasmos musculares associados a distúrbios neurológicos, como paralisia cerebral, paraplegia, atetose e síndrome da pessoa rígida, e complementar os cuidados contra convulsões.
Além disso, o diazepam também serve para sedação. Uma dose pode ser aplicada antes de procedimentos terapêuticos como cardioversão, cateterismo cardíaco, endoscopia, exames radiológicos, pequenas cirurgias, redução de fraturas, biópsias e curativos em quem sofreu queimadura.
Como usar o diazepam
Disponível nos formatos de comprimido ou injeção, o diazepam só pode ser vendido nas farmácias mediante a entrega de uma receita azul, um tipo de pedido médico especial e controlado, que tem validade de 30 dias e fica retido no estabelecimento.
Vale lembrar que ele é classificado como um remédio de tarja preta e deve ser usado com cuidado, pois pode causar efeitos colaterais e até dependência. No entanto, muitas pessoas acabam tomando esses medicamentos por conta própria, sem acompanhamento médico.
Somado à falta de conhecimento sobre a dosagem correta, esse hábito pode levar a problemas sérios, como intoxicação, alterações no comportamento e dependência. Outro possível efeito do uso a longo prazo do diazepam é a tolerância, termo utilizado para descrever a redução da eficácia de um tratamento quando esse é repetido ao longo do tempo.
Por isso, é tão importante a participação de um profissional da saúde durante todo o tratamento. Além de avaliar a necessidade do medicamento, pesando os seus benefícios e riscos para cada indivíduo, ele ainda é responsável por verificar seus possíveis efeitos colaterais e sugerir mudanças para melhorar o estado de bem-estar do paciente.
Siga à risca as instruções de uso e leia as orientações presentes na caixinha do medicamento. Caso surja qualquer dúvida, não hesite em contatar sua equipe médica ou o posto de saúde mais próximo.
Efeitos colaterais
Em alguns casos, o diazepam pode causar efeitos colaterais, entre eles:
- Sonolência;
- Tontura;
- Cansaço;
- Fraqueza muscular;
- Dor de cabeça;
- Boca seca;
- Náusea;
- Constipação;
- Confusão;
- Dificuldade para urinar;
- Micção frequente;
- Mudanças no desejo ou na capacidade sexual.
Esse medicamento pode aumentar os efeitos do álcool e de outros depressores do sistema nervoso central, como medicamentos para alergias ou resfriados, sedativos, tranquilizantes ou remédios para dormir, analgésicos ou narcóticos, barbitúricos ou medicamentos para convulsões ou relaxantes musculares.
Raramente, o paciente pode apresentar sintomas mais graves, como perda de controle dos movimentos corporais, tremor incontrolável, fala arrastada e respiração ou batimentos cardíacos lentos.
Esse medicamento também pode causar depressão respiratória, um problema grave que pode ser fatal, quando usado em conjunto com analgésicos opióides. Caso isso aconteça, busque ajuda profissional o quanto antes. Se necessário, ligue para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), pelo número 192.
Contraindicações
O diazepam não é adequado para todo mundo. Por isso, antes de fazer seu uso, informe seu médico caso você tenha:
- Histórico de reação alérgica a medicamentos;
- Problema de fígado;
- Doença nos rins;
- Apneia do sono;
- Depressão;
- Transtorno de personalidade;
- Dependência de álcool ou outras drogas;
- Níveis baixos da proteína albumina.
Revisão técnica: Sabrina Bernardez Pereira (CRM 154.981/RQE 45120), médica Escritório de Valor em Saúde Einstein. Doutorado em Ciências Cardiovasculares UFF, título de especialista em Cardiologia SBC/AMB
