O pantoprazol pertence ao grupo de medicamentos conhecido como inibidores da bomba de prótons, que tem como efeito a diminuição da quantidade de ácido produzido no estômago. Por isso, costuma ser indicado para o tratamento de azia, refluxo ácido e doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).
Em alguns casos, ele pode ser usado para prevenir e curar úlceras estomacais. E ainda existe a indicação contra a síndrome de Zollinger-Ellison, uma condição rara causada por câncer no pâncreas ou no intestino.
Como usar o pantoprazol
De tarja vermelha, o pantoprazol só pode ser comercializado após a apresentação de uma receita médica. Ele vem como um comprimido de liberação lenta, que deve ser tomado por via oral.
No Brasil, é vendido tanto como sal sódico (pantoprazol sódico sesqui-hidratado) quanto como sal magnésico (pantoprazol magnésico di-hidratado). Segundo o InfoSUS, ambas as formulações são eficazes, seguras e bem toleradas para o tratamento de refluxo gastroesofágico.
A diferença entre os dois sais se deve apenas à forma como eles são absorvidos pelo corpo. O pantoprazol magnésico tem meia vida de eliminação maior que o sódico — consequentemente, resulta em uma exposição mais longa ao medicamento. Cabe ao médico avaliar e definir qual o mais indicado para atender as necessidades de cada paciente.
Efeitos colaterais
Em geral, o pantoprazol apresenta poucos efeitos colaterais. Quando eles se manifestam, podem incluir:
- Dor de cabeça;
- Tontura;
- Dor de estômago;
- Gases;
- Náusea;
- Vômito;
- Diarreia;
- Dor nas articulações;
- Febre;
- Erupção cutânea.
Contraindicações
Além de ser contraindicado para indivíduos que já tiveram reação alérgica a qualquer componente da formulação do pantoprazol, ele também deve ser evitado por quem tem problemas respiratórios ou renais. O mesmo vale para pessoas que estejam em tratamento com rilpivirina, lansoprazol e omeprazol, pois há risco de interação entre os medicamentos.
O pantoprazol também pode não ser adequado para quem apresenta baixos níveis de magnésio no sangue ou tem lúpus, osteoporose e baixa densidade mineral óssea. Assim, antes de fazer uso do remédio, informe o médico sobre sua condição.
Revisão técnica: Erica Maria Zeni (CRM 140.238/ RQE 75645 e 756451), clínica geral e médica paliativista do corpo clínico Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Possui graduação e residência Clínica Médica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e residência Medicina Interna pela Universidade de São Paulo (USP). Pós graduação em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium Latinoamerica Medicina Paliativa, Buenos Aires, Argentina.