Conheça as lesões musculares e ósseas de membros inferiores mais comuns no Futebol

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Um dos esportes que mais dá aos seus atletas a chance de desenvolver tipos de lesões musculares e ósseas é o futebol. Nesse sentido, existem três grupos musculares principais mais suscetíveis de ocorrer lesão: flexores da coxa (frente – sendo o principal o quadríceps), os adutores da coxa (interna) e a porção posterior da coxa (traseira).

Todavia, distensão muscular na coxa e estiramento muscular na coxa são termos que se referem a lesões musculares comuns ao futebol. Confira quais são as diferenças e como tratar.

Lesões musculares no futebol: Distensão ou estiramento?

Para as pessoas em geral, os termos distensão e estiramento costumam ser a mesma coisa. Contudo, em atuação diagnóstica médica, com exames de imagem, sua diferença fica mais clara. Distensão se refere ao tendão e região musculotendínea (ligação entre músculo e tendão), enquanto estiramento se refere ao músculo.

Existem três graus de distensão ou estiramento:

  • Grau 1: ocorre machucado, sem rompimento das fibras;
  • Grau 2: existe a ruptura parcial;
  • Grau 3: a ruptura é completa.

O tratamento raramente é cirúrgico e se dá com analgésico para moderar a dor e aplicação de gelo no local (crioterapia), seguidos de fisioterapia.

O tempo de afastamento do atleta depende da gravidade da lesão e com variáveis que envolvem o organismo e as circunstâncias do paciente. Em geral, na lesão de grau 1, o afastamento é de 2 a 4 semanas; grau 2, de 4 a 8 semanas; e grau 3, em média 3 meses.

Lesões Ósseas no futebol: Fratura do fêmur

Na região da coxa está um osso muito importante, o fêmur. A fratura é muito rara, mesmo no mundo do futebol. Geralmente acontece após uma pancada ou entrada muito forte. O grau de dor é muito alto e, na maioria dos casos, o paciente para de andar ou jogar na hora, sem conseguir pisar no chão.

Todavia, essa lesão é facilmente identificada com radiografia. Além disso, o exame para verificar se há mesmo fratura pode ser complementado com exame de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Normalmente, o tratamento é cirúrgico, tanto com hastes, quanto placas e parafusos, a depender do tipo de fratura. Ademais, é considerado o histórico do paciente para identificar a causa — a fratura do fêmur não é esperada de um atleta de futebol. A recuperação tem duração longa, em torno de 6 meses, podendo estender-se até um ano.

A reabilitação de lesões musculares e ósseas torna-se muito importante, pela recuperação da força muscular e da mobilidade, e requer principalmente fisioterapia e acompanhamento psicológico. Contudo, eventualmente e a depender do paciente, pode-se liberá-lo para atividades mais leves, como hidroterapia, natação, atividades aeróbicas, como bicicleta, elíptico.

Além disso, antes de o paciente voltar efetivamente, pode-se liberá-lo para atividades sem a bola, como corridas, ou mesmo com a bola, mas sem ser jogo de fato. Esse tipo de reabilitação também vale para as lesões musculares.

Prevenção de lesões ósseas e musculares

Seja o atleta profissional ou amador, é recomendável para prevenir lesões musculares, especialmente do joelho, fazer musculação para fortalecimento muscular, além de um bom alongamento e aquecimento antes de jogar.

Essas práticas são importantes especialmente porque as lesões musculares são muito frequentes no início da atividade física, geralmente quando o atleta não está aquecido, ou quando está no final da atividade, quando já está cansado. Também por isso, é bom que o atleta saiba o seu tempo-limite de prática por partida ou jogo.

Revisão técnica por Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE)

Saúde em Campo é um projeto que esclarece dúvidas e traz curiosidades relacionadas à saúde e ao futebol, publicado durante o maior torneio do esporte no mundo em 2022. Você pode acompanhar novas postagens e conteúdos nas redes sociais do Einstein ou acessar: www.einstein.br/saudeemcampo 

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