A psoríase é um problema dermatológico crônico, não contagioso, caracterizado pela formação de manchas brancas ou rosadas recobertas por um processo de descamação esbranquiçado.
Embora seja fundamental ressaltar sempre que essa doença não passa de uma pessoa para outra, o impacto estético das lesões gera desconforto estético e prejudica a autoestima de quem sofre com a condição.
É fundamental garantir que o diagnostico adequado seja feito da melhor forma possível, principalmente quando se leva em conta que quem tem psoríase conviverá com o problema pela vida toda. É possível adotar os tratamentos disponíveis o quanto antes, reduzindo significativamente o volume e a agressividade das lesões.
Para ampliar a conscientização sobre o tema, acompanhe o post e veja o que você precisa saber sobre essa doença.
O que é a doença psoríase?
Não se sabe ao certo que parte da população é portadora da psoríase, mas acredita-se que esse é um problema de saúde relativamente comum. Entretanto, já existe a noção de que ele afeta homens e mulheres de forma igual e distribuída em todas as faixas etárias, sem distinção entre etnias.
De forma resumida, a doença se manifesta a partir de um quadro de natureza inflamatória, com causa ainda não bem explicada. A partir disso, o paciente desenvolve as lesões características da doença: manchas vermelhas que, em seguida, passam por um processo de descamação até ficarem com um aspecto esbranquiçado.
Tudo leva a crer que tal processo é resultado da ação da liberação de substâncias inflamatórias por determinadas células de defesa do organismo, o que gera o aspecto avermelhado das manchas. Em seguida, o corpo responde à inflamação, e a presença de células de defesa na região faz com que a pele descame.
Tal ciclo só é interrompido com o tratamento adequado, que reduz consideravelmente o número de novas lesões. Em parte dos casos, a doença progride para quadros de psoríase artropática, que atinge as articulações e provoca fortes dores.
Quais são os sintomas da psoríase?
Além das lesões características, as manifestações da psoríase variam dependendo do paciente. Ainda assim, é possível delimitar os sinais e sintomas mais comuns desse tipo de problema:
- manchas vermelhas, de aspecto ressecado, acompanhadas da descamação esbranquiçada;
- manchas escuras ou brancas perceptíveis após a melhora das lesões vermelhas iniciais;
- ressecamento e rachaduras na pele, eventualmente acompanhados de sangramentos;
- coceira e dor, além da sensação de queimação;
- alterações nas unhas, deixando-as mais grossas, amareladas e irregulares;
- descamação do couro cabeludo;
- em casos mais graves, dores nas articulações.
É preciso levar em conta que, nos casos mais leves, as manifestações tendem a se resumir ao desconforto na pele. Porém, a progressão do quadro pode gerar sintomas que comprometem significativamente a qualidade de vida — como a dor.
O que desencadeia a psoríase?
Não é possível indicar o que causa a psoríase, muito menos o que desencadeia os casos da doença. Ainda assim, alguns aspectos podem ser levados em conta para estimar o risco de alguém desenvolver o problema.
Entre os principais, estão:
- histórico familiar;
- estresse e problemas de natureza psicológico;
- climas frios;
- obesidade;
- resposta a determinados quadros infecciosos;
- uso de determinados medicamentos, como alguns antimaláricos — utilizados no tratamento da hipertensão — e o lítico, indicado para determinados transtornos psicológicos.
O abuso do álcool e o tabagismo tendem a agravar a frequência e a gravidade das lesões, o que faz a interrupção do uso dessas substâncias importante na evolução do quadro.
Quais são os tipos de psoríase?
Os quadros de psoríase podem ser classificados conforme algumas particularidades. Em geral, tal classificação está relacionada ao local em que o problema se manifesta e às características das lesões.
Os principais tipos de psoríase são:
- em placas (ou vulgar) — engloba os quadros mais comuns da doença, conforme os sintomas já descritos;
- ungueal — afeta unhas dos dedos das mãos e dos pés;
- do couro cabeludo — afeta, como o próprio nome indica, o tecido que recobre a cabeça;
- gutata — as lesões são desencadeadas pela resposta a quadros infecciosos;
- invertida — atinge dobras de pele e áreas mais úmidas do corpo;
- pustulosa — as lesões geram bolhas com pus (pústulas);
- eritrodérmica — mais rara, as lesões em todo o corpo são acompanhadas de sintomas como febre e calafrios;
- artropática — tipo de manifestação em que a doença atinge as articulações, provocando dor.
Como é feito o diagnóstico?
Não existe teste específico da psoríase. O quadro é constatado a partir de um exame clinico cuidadoso, feito por um dermatologista.
Em casos raros, o médico pode solicitar uma biópsia — exame laboratorial em que um pedaço da pele é analisado para confirmar o diagnóstico ou excluir outras possibilidades.
Como tratar a psoríase?
Embora não tenha cura, o tratamento da psoríase pode controlar a doença com bons resultados. Todavia, a melhor indicação de intervenção deve ser feita de forma cuidadosa pelo médico responsável, conforme avaliação do quadro de cada paciente.
Em casos mais leves, manter a hidratação da pele, aplicar determinados medicamentos na forma de pomadas e garantir uma exposição adequada ao sol contribuem com a redução do número de lesões.
Em quadros moderados, podem ser introduzidos medicamentos que regulam a função do sistema imune, diminuindo a resposta inflamatória.
Além disso, podem ser indicadas sessões de fototerapia, em que o paciente é exposto a raios ultravioletas de forma controlada. Essa opção de tratamento deve ser conduzida por profissionais, sob o risco de elevar a chance de desenvolver câncer de pele.
O que a pessoa com psoríase não pode fazer?
Manter uma alimentação equilibrada e evitar o estresse são pontos importante para evitar a reincidência das lesões provocadas pela psoríase.
Assim, pacientes com o problema devem receber orientação sobre o que comer no dia a dia, bem como o suporte necessário para lidar com situações estressantes da rotina. Garantir momentos de relaxamento, praticar exercícios físicos e contar com suporte psicológico pode fazer toda a diferença.
É fundamental que toda a sociedade se conscientize sobre o diagnóstico e o tratamento da psoríase, conforme orientação profissional. Assim, a doença pode ser controlada de forma bastante satisfatória. Além disso, é preciso entender quais fatores podem desencadear o problema e agir para gerenciá-los, dentro do possível.
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Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).