O câncer de garganta é um dos tumores que surgem na região da cabeça e pescoço. O carcinoma que se desenvolve na orofaringe (parte da garganta que fica logo atrás da boca) pode envolver a base da língua (a parte posterior da língua), o palato mole (céu da boca), as amígdalas e os pilares e as paredes laterais e posterior da garganta. O subtipo mais frequente de tumores dessa região é o carcinoma espinocelular, também conhecido como carcinoma de células escamosas.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra cerca de 40.000 novos casos de câncer de cabeça e pescoço a cada ano, o que inclui o de garganta (orofaringe) e outros, como de laringe, língua e lábios. Os homens são mais propensos a esse tipo de câncer.
Quais são os principais sintomas do câncer de garganta?
- Dificuldade para engolir;
- Sensação de que há algo na garganta;
- Irritação constante na garganta;
- Caroço no pescoço;
- Alteração na voz ou rouquidão;
- Perda de peso sem razão nem dieta;
- Tosse;
- Dificuldade para respirar.
Claro que esses sintomas também podem estar relacionados a outras questões de saúde. Por isso, devem ser investigados para se obter o diagnóstico correto.
Fatores de risco para o câncer de garganta
O tabagismo está associado como fator de risco a mais de um tipo de carcinoma, sendo o de garganta um deles. O consumo do tabaco aumenta a chance de desenvolvimento da doença devido às substâncias tóxicas presentes em cachimbos, charutos e narguilés. Quando a pessoa fuma e ingere bebida alcoólica, esse risco é maior.
O câncer de garganta também possui relação com a infecção pelo HPV, o papilomavírus humano. A transmissão, neste caso, ocorre por meio da prática sexual sem proteção, em especial sexo oral.
Prevenção e diagnóstico do câncer de garganta
A prevenção deste tipo de tumor é possível com a eliminação dos fatores de risco, como não fumar, evitar o consumo de bebidas alcóolicas e uso de preservativos durante as relações sexuais.
Quanto mais cedo for diagnosticado, menores serão as sequelas do tratamento e maiores as chances de cura. O otorrinolaringologista é o médico que vai fazer a primeira avaliação mais detalhada da garganta.
Após o exame clínico realizado pelo médico, em caso de suspeita do câncer, será indicada a realização de uma biópsia – remoção de um fragmento da área suspeita para uma análise microscópica. O exame é feito com anestesia. Uma vez confirmado, será encaminhado para o oncologista.
Tratamento do câncer de garganta
O tratamento do câncer de garganta vai depender do estágio em que a doença é descoberta e das condições clínicas do paciente. As terapias disponíveis incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo e imunoterapia.
Dependendo da estratégia definida pelo médico, o tratamento da doença pode ser multidisciplinar. A cirurgia é a opção terapêutica mais usada para cânceres pequenos e que não se espalharam. O tratamento pode ser realizado de forma isolada ou combinada.
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