Tem sentido a sua garganta arranhar e doer ultimamente? Esses podem ser sintomas de amigdalite! A inflamação da região é um dos problemas mais frequentes na população, atingindo pessoas de todas as idades. No entanto, é bem comum entre as crianças, por conta do sistema imunológico mais frágil.
Mas, afinal, o que seria esse problema? Por que ele é tão comum? E qual é a melhor forma de tratá-lo e, claro, prevenir novas ocorrências? Essas são perguntas bem pertinentes.
Você vai descobrir a resposta para esses e outros questionamentos ao longo do nosso conteúdo, que foi feito especialmente para ajudar você a entender tudo o que precisa sobre amigdalite. Vamos lá!
O que é amigdalite?
Amígdalas são estruturas que se localizam no fundo da nossa garganta com a função de proteger o sistema respiratório, principalmente, de infecções oportunistas. Assim, elas atuam como barreiras contra vírus, bactérias e outros agentes causadores de doenças.
No entanto, por vezes, esse ataque pode causar danos às amígdalas. E é aí que nasce a amigdalite, nome dado à inflamação na região. Ela é caracterizada por vermelhidão na área e pode, também, gerar pus e vários sintomas bem desagradáveis.
Quais são as causas?
Há várias causas possíveis para o surgimento da amigdalite. As principais são a infecção por vírus ou bactérias, que geram uma resposta imunológica na tentativa do nosso corpo de resolver esse problema.
Os vírus e as bactérias são transmitidos por gotículas de saliva, que podem se espalhar por meio de conversas, espirros e até mesmo durante o beijo ou do contato com objetos compartilhados por pessoas doentes.
Sendo assim, uma das maneiras de prevenir esse problema é evitando o contato com pessoas que estão infectadas, inclusive o compartilhamento de copos, talheres e maquiagens, por exemplo.
Quais são os sintomas de amigdalite?
Entender os sintomas de uma doença é a melhor forma de identificá-la e, assim, buscar auxílio médico quando necessário. Então, continue a leitura para saber como a amigdalite se manifesta!
Mau hálito
Uma das possibilidades de sintomas da amigdalite é o mau hálito. Ele pode ser causado por conta da proliferação de bactérias na região, o que gera um odor desagradável.
Dificuldade para engolir
A dor e a sensibilização do local faz com que a deglutição seja muito difícil, gerando dor intensa quando o paciente tenta engolir. Isso é válido tanto para alimentos sólidos quanto para os líquidos.
Dor de ouvido
Não é comum, mas pode acontecer de algumas pessoas sentirem dor no ouvido graças à amigdalite. O motivo disso é a conexão entre áreas como o ouvido, a garganta e o nariz. Assim, o problema de uma das estruturas pode gerar consequências para outras.
Inchaço dos gânglios do pescoço e da mandíbula
As famosas ínguas também podem estar presentes, graças à inflamação. Com isso, o sistema imunológico reage e ocasiona o acúmulo de células de defesa nos linfonodos, que ficam próximos ao maxilar.
Tosse
A irritação na garganta também pode ocasionar tosse seca, ou seja, que não produz qualquer tipo de secreção. Pigarros também são bem frequentes.
Febre
Em alguns casos, o paciente pode apresentar febre. Ela pode ser baixa ou alta, dependendo da intensidade da infecção.
Mal estar
Tudo isso gera um mal estar generalizado, que faz com que a pessoa se sinta cansada e sem energia para realizar as tarefas do dia a dia.
Perda do apetite
Além disso, é comum que as pessoas com amigdalite apresentem falta de apetite. A dificuldade de engolir também acaba prejudicando a alimentação, mesmo que a fome esteja presente.
Como é feito o diagnóstico da amigdalite?
Na maioria das vezes, o diagnóstico da amigdalite é feito no consultório do médico, que pode ser um Clínico Geral ou, de preferência, um Otorrinolaringologista. Ao olhar a lesão, ele poderá ver a presença de pus ou a vermelhidão do local, prescrevendo alguns tratamentos que podem ajudar.
No entanto, em alguns casos, exames podem ser feitos. O teste laboratorial mais comum é o teste rápido para se detectar a bactéria Streptococcus pyogenes. Essa é uma prova que leva cerca de 20 minutos para sair o resultado. Se o teste for positivo, o médico deve prescrever antibiótico. Se o teste for negativo, mais provável que seja um processo viral.
Lembrando que você não deve investir no autodiagnóstico. Afinal, é possível que você use os remédios errados e não só continue com o problema, mas também acabe piorando o quadro, fazendo com que ele se agrave e evolua para uma situação crônica.
Como tratar a amigdalite?
O principal meio de tratar a amigdalite não é uma “receita de bolo”. É fundamental que a causa do problema seja determinada, assim como os agentes que estão causando essa situação em seu organismo.
Caso a causa seja bacteriana, o tratamento escolhido é o uso de antibióticos. Estes são remédios que têm como função causar danos em algumas estruturas das bactérias, fazendo com que elas morram.
No entanto, alerta: é fundamental que você termine o tratamento e siga-o de acordo com as recomendações médicas. Em 48 horas, os antibióticos tendem a trazer melhoras para os sintomas das doenças, mas isso não significa que você esteja curado.
Há, ainda, a possibilidade de estarmos lidando com outras causas para a amigdalite e elas serão tratadas de acordo com a necessidade. Outros recursos que podem ser utilizados são os analgésicos e anti-inflamatórios, que ajudam a reduzir a dor, a febre e a inflamação geral da região.
Por fim, há casos que também exigem a remoção cirúrgica das amígdalas. Você pode ter uma vida completamente normal sem elas, mas nem sempre é necessário chegar a esse ponto. Converse com o seu médico para tirar as suas dúvidas!
Já deu para perceber que esse é um assunto sério, não é mesmo? Então, nada de negligenciar esse tratamento ou de deixar de buscar ajuda caso apresente os sintomas de amigdalite. Sua saúde depende de um diagnóstico rápido, preciso e da prescrição dos medicamentos adequados para tratar o problema.
E que tal ajudar os seus amigos a também entenderem melhor esse problema? Compartilhe o conteúdo em suas redes sociais ou mande no privado para aquela pessoa que está sempre reclamando de dor na garganta!
Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).