Canelite é o nome popular da síndrome da tensão tibial medial (STTM). Trata-se de uma inflamação que causa dor e desconforto ao longo da tíbia, que é o osso frontal na parte inferior da perna (canela). Essa condição é causada pelo uso excessivo dos músculos, tendões e tecido ósseo da região.
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Geralmente, ela costuma ocorrer em atletas que intensificaram ou alteraram recentemente sua rotina de treino, bem como em corredores iniciantes. Pessoas acostumadas a correr e que exageram na intensidade do esforço também podem se queixar de canelite.
O que é bom para tratar canelite?
O tratamento é feito basicamente com repouso e aplicação de gelo. Se a dor estiver incomodando muito, pode-se recorrer a analgésicos.
Quanto tempo demora para a canelite desaparecer?
Na maioria das vezes, a canelite tende a desaparecer no prazo de 24 ou 48 horas após o encerramento da atividade física. Caso persista, é recomendável procurar um médico para descartar a ocorrência de fratura por estresse, que também pode ser provocada pelo excesso de atividade física.
Mesmo que a dor desapareça, é importante manter o repouso por algumas semanas e adotar, durante esse período, atividades de baixo impacto para manter o condicionamento físico, como bicicleta e natação.
Como prevenir episódios de canelite?
Alguns cuidados evitam essa inflamação dolorosa ao longo da tíbia:
- Fazer aquecimento adequado antes de iniciar a corrida;
- Seguir o planejamento dos treinamentos, com atividades de preparo físico, alongamento, fortalecimento muscular, equilíbrio muscular e postura;
- Ao fazer corridas ou caminhadas intensas, usar tênis adequados à pisada e à forma do pé;
- Manter uma alimentação equilibrada para evitar a perda óssea;
- Respeitar os períodos de descanso para a recuperação do corpo;
- Evitar aumentos bruscos na intensidade e duração dos treinos.
Corredores de longas distâncias
A canelite é mais frequente em corredores de longas distâncias, pois sofrem um estresse acentuado de forma repetitiva em uma mesma região. Nas primeiras fases da lesão, a dor é maior no início da corrida e vai diminuindo durante o treinamento. Conforme a lesão progride, a dor pode se apresentar até mesmo em descanso.
Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em clínica médica, medicina interna, cardiologia e ecocardiografia. É cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.