O que é a síndrome de Asperger?

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O transtorno do espectro do autismo (TEA) engloba oito desordens do desenvolvimento neurológico que estão presentes desde o nascimento ou o início da infância. Uma delas é a síndrome de Asperger, que é considerada a forma mais leve do TEA.

A pessoa com Asperger se diferencia do autista clássico por não apresentar atrasos na fala. As características distintivas do comportamento Asperger incluem uma forte preferência por rotinas rígidas, comportamentos repetitivos de forma mais suave e um interesse obsessivo em determinados assuntos.

Embora uma pessoa com Asperger possa se preparar para levar uma vida independente e rica, o diagnóstico desempenha um papel fundamental, auxiliando tanto a pessoa quanto seus familiares.

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Por que não se fala mais que alguém tem Asperger?

O termo ‘síndrome de Asperger’ deixou de ser amplamente utilizado devido a avanços nos estudos sobre essa condição, que levaram a uma nova compreensão da relação entre o Asperger e o autismo.

O Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM) é uma referência mundial para médicos na classificação de diagnósticos de transtornos mentais. Na quarta edição deste manual (DSM-4), lançada em 1994, o autismo e a síndrome de Asperger eram categorizados como distúrbios distintos.

Em 2013, a quinta edição do manual (DSM-5) foi publicada, introduzindo uma nova classificação para os transtornos do desenvolvimento. O DSM-5 introduziu a denominação ‘transtorno do espectro autista’ (TEA), que unificou a síndrome de Asperger e o autismo sob um único diagnóstico.

Portanto, o que anteriormente era considerado como duas condições separadas agora é parte da mesma condição, abrangendo um amplo espectro de sintomas. Atualmente, é mais comum referir-se a alguém como ‘estando no espectro autista’ em vez de dizer que a pessoa tem síndrome de Asperger.

Embora o nome oficial da síndrome de Asperger tenha mudado, muitas pessoas ainda usam o termo ‘síndrome de Asperger’ ao se referirem à sua condição.

Então, quem recebeu o diagnóstico de Asperger no passado está no espectro autista?

Sim. Dentro do espectro autista, encontram-se condições que compartilham os mesmos sintomas em graus diferentes. A síndrome de Asperger apresenta sintomas mais leves, o que muitas vezes resultava em diagnósticos mais tardios em comparação com as formas mais severas de autismo.

Quanto antes iniciar o tratamento, melhor

O Ministério da Saúde recomenda que o tratamento e a estimulação precoce sejam adotados em qualquer caso de suspeita de TEA ou desenvolvimento atípico da criança, independentemente de confirmação diagnóstica. A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno do TEA e o encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível podem resultar em melhores resultados a longo prazo.

O que causa a síndrome de Asperger?

A síndrome de Asperger é um distúrbio neurobiológico, ou seja, faz parte do desenvolvimento cerebral da criança, mas suas causas não são totalmente compreendidas. Acredita-se que sua origem esteja na combinação de fatores genéticos, que são considerados a causa predominante, juntamente com fatores ambientais. 

Vacinas podem influenciar o desenvolvimento de TEA?

Não! Vacinas não são fatores de risco para o desenvolvimento de TEA.

Como é feito o diagnóstico de Asperger?

A síndrome de Asperger pode ser difícil de diagnosticar. Às vezes, essa condição pode ser confundida com outras, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ou o Transtorno de Oposição Desafiante (TOD), portanto, a avaliação de um especialista é importante.

O diagnóstico das oito desordens reunidas sob o termo TEA é baseado em dois critérios: déficit na interação socioemocional (seja na comunicação não verbal ou na interação social) e a presença de comportamentos restritos ou repetitivos.

Os profissionais capacitados para realizar o diagnóstico de TEA, incluindo a síndrome de Asperger, são pediatras, neurologistas, psiquiatras e psicólogos com formação e experiência na área.

Uma pessoa diagnosticada com Asperger pode levar uma vida independente?

Sim, a maioria das pessoas que têm essa condição é capaz de cuidar de si mesmas e de levar uma vida ativa. Por outro lado, a falta de diagnóstico e orientação pode tornar a vida da pessoa com Asperger mais desafiadora, pois ela pode enfrentar incompreensão em relação ao seu comportamento e dificuldades.


Revisão técnica: Sabrina Bernardez Pereira, médica da Economia da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), mestrado e doutorado em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal Fluminense.

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