O câncer do colo do útero também recebe o nome de câncer cervical porque atinge a cérvix, parte inferior do órgão que é mais estreita e, em sua porção final, se une à vagina. A cérvix, ou colo uterino, atua como barreira física entre o útero e o ambiente externo (canal vaginal), além de ter função importante na menstruação e na fertilização.
Qual é a relação do HPV com o câncer do colo do útero?
Apesar de frequente, a infecção por papilomavírus humano (HPV), na maioria dos casos, não tem relação com o desenvolvimento do câncer cervical. Porém, certos tipos de HPV são oncogênicos, ou seja, provocam alterações celulares que podem evoluir para o câncer de colo de útero. Os tipos 6 e 11, por exemplo, estão relacionados a verrugas genitais; já o 16 e o 18 aparecem em 70% dos casos de câncer cervical.
Segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, pelo menos metade das pessoas com vida sexual ativa vai ter HPV em alguma fase da vida, mas poucas mulheres infectadas vão desenvolver câncer cervical. Por isso, o uso de camisinha é imprescindível para evitar não só o HPV, mas também outros tipos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Da mesma forma, a vacina contra o HPV é importante para ajudar a prevenir o câncer de colo de útero, já que imuniza contra os tipos de papilomavírus que são altamente oncogênicos, além de proteger também contra variações que estão relacionadas ao aparecimento de verrugas genitais, que, em sua maioria, são lesões benignas.
Fatores de risco para o desenvolvimento do câncer cervical
O início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros, o tabagismo e o uso prolongado de anticoncepcionais orais são três gatilhos importantes para o desenvolvimento de neoplasias malignas de colo de útero.
Altos índices de mortalidade do câncer cervical
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer cervical é a terceira causa de morte entre as brasileiras. Ainda de acordo com a entidade, o câncer de colo de útero só perde em incidência para o de mama e o colorretal entre as mulheres (com exceção aos tumores de pele não meloma).
Câncer cervical: Sintomas e desenvolvimento
O câncer cervical tem desenvolvimento lento e, por isso, geralmente não apresenta sintomas quando está no início. Porém, quando o tumor está em estágio avançado, pode haver sangramento vaginal intermitente ou após as relações sexuais, secreção vaginal anormal e dor no abdome associada a queixas urinárias ou intestinais.
Principais exames: Maneiras de detecção do câncer do colo do útero
Mulheres entre 25 e 64 anos que têm ou já tiveram vida sexual ativa devem fazer o exame preventivo do câncer cervical (Papanicolaou) anualmente. Além desse, outros exames também podem ser solicitados, como colposcopia (para procurar lesões anormais) e biópsia (para identificar essas células). A confirmação do diagnóstico também pode ser feito por meio de exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia.
Assim como acontece com outros tipos de neoplasias malignas, as do colo do útero têm mais chance de cura quando detectadas no estágio inicial.
Como é feito o tratamento do câncer de colo de útero?
Entre os tratamentos mais utilizados em casos de câncer do colo do útero estão a cirurgia para a extração do tumor e radioterapia A escolha é feita em razão do estágio da doença, tamanho do tumor e fatores como a idade da mulher e o desejo de ter filhos.
O que é o cérvix?
Segundo o dicionário Houaiss, cérvix ou cerviz é a denominação da porção mais estreitada de um órgão e, entre outras definições, também se refere à nuca. Por isso, se fala em coluna cervical, a parte superior da coluna, que fica atrás do pescoço. Existem neoplasias malignas da coluna cervical que, assim como outros tumores que acometem a coluna, são resultado de processos metastáticos.
Confira a série Entendendo o Câncer para ler todos textos que produzimos a respeito das formas mais comuns da doença, aprenda sobre o tema e saiba o que é verdade ou mentira quando se fala sobre esse assunto tão importante.