Catarata nos olhos: quais os tipos e sintomas desse problema?

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Revisão técnica: Adriano Biondi, oftalmologista do Hospital Israelita Albert Einstein

Fundamentais para a qualidade de vida, os olhos permitem uma maior conexão com o mundo ao nosso redor. Infelizmente, podem ser acometidos por problemas, assim como acontece a quaisquer outras partes do corpo.

Algumas das questões que afetam a visão são facilmente manejadas com o uso de óculos ou lentes de contato. Outras, no entanto, prejudicam os olhos de maneira mais profunda, exigindo tratamentos diferenciados.

Um bom exemplo disso é a catarata nos olhos, um problema muito frequente e que pode fazer com que os pacientes afetados passem a enxergar com dificuldade. Quer saber as causas dessa complicação e entender como é feito seu tratamento? Acompanhe!

O que é catarata e como ela se desenvolve?

O primeiro passo para que possamos entender esse assunto é, claro, descobrir o que é a catarata nos olhos e como ela se desenvolve.

Essa é uma questão que afeta o cristalino, a “lente” dos nossos olhos. Por várias razões, ele pode ser tornar opacificado, o que dificulta a visão. Quando não é tratada, a catarata pode evoluir para quadros de cegueira parcial ou até mesmo total.

A sua causa, no entanto, pode ser bem variada. Por conta disso, separamos uma parte do texto para explicar os tipos de catarata e as razões pelas quais elas se desenvolvem. Continue a leitura e confira!

Quais os tipos de catarata?

Agora, vamos conferir alguns tipos de catarata! Dessa forma, é bem mais fácil entender as suas possíveis causas.

Senil

Esse é o tipo mais conhecido de catarata, além de ser o mais comum. O termo senil está associado com a idade avançada e é justamente essa a sua causa: o envelhecimento natural e alteração das espessuras das fibras do cristalino.

Ela pode se formar no centro do cristalino, nas extremidades ou até mesmo por trás dele. Em todos os casos, os sintomas serão parecidos.

Secundária

As cataratas secundárias são caracterizadas por lesões que acontecem no cristalino a partir de outros problemas que acometem os olhos. 

Exemplos são processos infecciosos ou inflamatórios, além de alterações na pressão (causadoras do glaucoma). Esses problemas podem evoluir para danos no cristalino, gerando a catarata.

Traumática

Como o próprio nome já indica, a catarata do tipo traumática acontece após um trauma, ou seja, uma pancada ou machucado que acontece nos olhos.

Eles podem ser de vários tipos, desde perfurantes até lesões causadas por produtos químicos. 

Congênita

Por fim, temos a forma congênita da catarata. Esse termo corresponde a um problema que acontece logo que o bebê nasce ou quando ele ainda é bem pequeno. 

As causas para esse tipo de questão são bem variadas, indo desde alterações aleatórias (conhecidas como mutações, que acontecem enquanto o bebê está sendo formado), ocorrência de sífilis e rubéola durante a gestação ou até casos como consequência de hábitos nocivos da mãe (uso de drogas ou abuso de bebidas alcoólicas, por exemplo).

Há fatores de risco para o desenvolvimento da catarata nos olhos?

Sim. O principal deles é a idade avançada, já que a catarata é um problema que atinge predominantemente pessoas com mais de 60 ou 65 anos. No entanto, como vimos, esse não é o único fator.

Alguns outros problemas que podem estar relacionados à catarata são:

  • doenças infecciosas — como a sífilis, toxoplasmose ou rubéola — durante a gravidez;
  • mutações genéticas;
  • traumas nos olhos;
  • presença de diabetes;
  • doenças nos olhos;
  • tabagismo;
  • exposição exagerada à luz solar, por conta da radiação;
  • uso crônico de medicamentos corticosteroides.

Quais sintomas a catarata provoca?

O principal sintoma da catarata é, sem dúvidas, a visão nebulosa. É como se uma neblina estivesse sobre os olhos, dificultando a visualização de objetos a longas e curtas distâncias. Esse problema se torna pior à medida que o tempo passa.

No entanto, outros problemas — como ver brilhos e círculos ou objetos duplicados — também podem indicar lesões no cristalino. Outro problema bem frequente é a sensibilidade à luz, fazendo com que a pessoa fique desconfortável em ambientes muito iluminados.

Como é feito o diagnóstico do problema?

O diagnóstico é bem simples e não demanda procedimentos invasivos. Ele é feito no próprio consultório do oftalmologista, com o uso de um aparelho chamado lâmpada de fenda. O objetivo, aqui, é identificar se há alterações no cristalino. É um teste rápido e completamente indolor.

Lembrando que, muitas vezes, a catarata também pode ser diagnosticada em estágios mais iniciais, sem que necessariamente apresente sintomas ou cause qualquer desconforto ao paciente. Isso acontece em pessoas que mantêm o check-up em dia. É isso mesmo: visitas regulares ao oftalmologista, pelo menos uma vez ao ano, também são interessantes para a nossa saúde! 

Como é o tratamento da catarata nos olhos?

O tratamento da catarata é exclusivamente cirúrgico. O procedimento tem como objetivo trocar a lente dos olhos, removendo o cristalino danificado e adicionando um novinho em folha, feito artificialmente (mas completamente seguro!).

É um procedimento considerado bastante seguro, além de rápido. A recuperação também é tranquila, desde que o paciente siga atentamente às recomendações do médico responsável pela cirurgia. Normalmente, elas incluem:

  • o uso de colírios em horas exatas por algumas semanas;
  • evitar pegar pesos;
  • evitar abaixar a cabeça ou até mesmo incliná-la muito para cima, entre outros.

Em caso de dúvidas, sempre tenha em mãos o contato do seu médico, tudo bem? Assim, você poderá receber informações confiáveis diretamente de quem conhece o seu caso!

Agora que você já sabe mais sobre a catarata nos olhos, é hora de agendar uma avaliação com um oftalmologista e verificar se há ou não a necessidade de passar por algum tipo de intervenção. Quem sabe você não volta a ver o mundo sob uma nova perspectiva?

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