Cistos: conheça os tipos, sintomas e quando se tornam preocupantes

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Os cistos são pequenas formações em formato de cápsulas, compostas por material fluido ou semi-sólido, que podem desenvolver-se na pele ou em órgãos do corpo humano. Essas estruturas podem surgir em diversas áreas, incluindo articulações, mamas, rins e até mesmo regiões íntimas.

Os cistos são originados de um processo mais profundo das células, que produzem uma substância chamada queratina, resultando na formação de uma espécie de bolsa de armazenamento contendo pus, frequentemente com coloração amarelada ou esbranquiçada.

Qualquer pessoa pode desenvolver um cisto, mas existem fatores que podem contribuir para seu surgimento, como flutuações hormonais, histórico de acne ou outras infecções cutâneas, gravidez, lesões e predisposição genética.

Cistos são perigosos?

A grande maioria dos cistos diagnosticados são benignos, ou seja, não causam sintomas de preocupação ao organismo. Eles, inclusive, tendem a desaparecer sozinhos. No entanto, existem casos mais raros em que o cisto é classificado como complexo e, com o passar do tempo, ele pode vir a se tornar maligno, levando ao surgimento de tumores cancerígenos.

Quando um cisto pode virar câncer?

Em situações em que o cisto exibe crescimento anormal e maior rigidez, existe a possibilidade de que ele evolua para um potencial tumor. A identificação dessa transformação pode ser realizada por meio de exames laboratoriais como ultrassonografia e, em determinadas situações, por meio de biópsia.

Quais são os tipos de cistos?

Existem diferentes tipos de cisto, de acordo com a localização em que eles podem surgir:

  • Pele: um dos mais aparentes. Pode ser classificado de duas maneiras: epidermoides, que consiste em uma formação de queratina da pele; sebáceos, que, como o nome sugere, ocorrem dentro das glândulas sebáceas. Pode afetar a nuca, as costas e até mesmo o couro cabeludo;
  • Joelhos: se forma atrás da dobra do joelho, fazendo com que a articulação de movimento fique inchada. Costuma estar relacionado à artrose;
  • Pulsos: também chamado de cisto ganglionar, é um acúmulo de líquido nas articulações dos braços. Pode também afetar os dedos das mãos;
  • Mamas: afeta os nódulos mamários e pode ser detectado por meio de um exame de mamografia ou ultrassom;
  • Ovário: outro tipo conhecido de cisto, ele ocorre ao redor do folículo ovariano e, quando benigno, costuma desaparecer após três meses;
  • Rins: os cistos renais, também chamados de solitários, são alguns dos mais recorrentes. Por terem origem genética, costumam ser passados entre gerações. Afetam os rins, mas dificilmente causam sintomas graves.

Quais são os sintomas?

Os cistos raramente causam algum sintoma quando são diagnosticados como benignos. Apenas em alguns casos, eles podem inflamar e se romper, o que leva à vermelhidão, inchaço e sensibilidade na região em que se localiza.

Os outros sintomas estão relacionados à região afetada. Nos pulsos, por exemplo, o rompimento de um cisto pode levar à fraqueza muscular nas mãos. Nos joelhos, pode inchar pernas ou pés. No ovário, podem causar incômodos no abdome e na pelve superior, além de deixar a menstruação irregular.

Existe tratamento?

Para cistos de pele, o médico pode solicitar uma drenagem para aliviar o incômodo. Em caso de dores de qualquer um dos cistos rompidos, o tratamento supervisionado com uso de medicamentos analgésicos pode ser indicado.

No geral, o mais importante para lidar com os cistos é manter o acompanhamento por meio de exames, como o ultrassom, a radiografia e os sanguíneos, assim é possível observar se não vão se tornar tumores. Na maioria das vezes, quando benignos, eles sumirão por conta própria.

Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, médico do pronto atendimento e corpo clínico, preceptor da residência em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.

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