“Câncer” é o nome genérico dado para um conjunto de mais de 100 tipos de doenças, que podem acometer diferentes partes do corpo. Essa condição clínica tem como principal característica um crescimento anormal e desorganizado de células, as quais formam uma neoplasia (popularmente conhecida como “tumor”).
Suas causas estão relacionadas a mutações genéticas. Tais erros de cópia do DNA podem ocorrer por uma predisposição hereditária ou de forma esporádica durante a vida, por conta de comportamentos de risco — entre eles, tabagismo, alcoolismo, obesidade, má alimentação, exposição exagerada à radiação do sol.
Além da identificação pelo local de aparecimento do câncer, os médicos geralmente classificam a doença em estágios. Essa divisão foi preconizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) e revela informações sobre a taxa de crescimento e a extensão da condição:
Estágio I
O tumor está localizado em um único tecido. Costuma refletir um quadro inicial da doença, com maiores chances de cura.
Estágio II
Geralmente os cânceres classificados neste estágio estão localizados e ainda não se espalharam para os tecidos circundantes.
Estágio III
O tecido cancerígeno costuma ser de maiores dimensões e pode se estender em direção ao que estiver em seu entorno, como a pele ou os músculos. Possivelmente pode apresentar metástase local (quando as células do câncer se desprendem do tumor principal e se alojam em áreas até então saudáveis).
Estágio IV
O tumor pode ter tamanhos variados, pode ou não ter metástase local e tem como principal característica a metástase à distância (quando as células cancerígenas invadem a circulação sanguínea ou linfática e se firmam em outras partes do corpo). Nesses casos, o quadro clínico costuma ser bem complexo e, mesmo que ainda seja possível tratamento, a chance de cura é menor.
Vídeo: Como surge o câncer?
Sintomas
É possível desenvolver o câncer de forma silenciosa, sem perceber sintomas. Mas, na maioria das vezes, a presença de alguns sinais pode evidenciar a condição e até apontar a região afetada. Dentre os sintomas mais comuns estão:
- Dor;
- Fadiga;
- Perda de peso inexplicada;
- Presença de nódulos ou massas;
- Sangramento inexplicado.
É importante lembrar que muitos desses sintomas podem ser causados por condições benignas e uma avaliação médica é importante para sua diferenciação.
Diagnóstico
Uma vez que está ligado a mutações, o câncer tende a ser mais comum em indivíduos adultos e idosos. Isso ocorre porque, conforme a idade avança, o processo de replicação das nossas células torna-se mais defeituoso e o sistema imunológico fica mais tolerante ao aparecimento de corpos estranhos.
Consequentemente, esses fatores elevam o risco de produção e manutenção das células cancerígenas. A longo prazo, isso pode desencadear a formação de tumores e, eventualmente, um quadro da doença.
Dessa forma, a chave para combater o câncer está no diagnóstico precoce. Quanto mais cedo a doença é identificada, menos risco ela oferece e mais fácil é o seu tratamento.
Participar das campanhas de rastreamento da condição por meio de exames clínicos anuais é uma recomendação para grupos de pacientes específicos. No caso de indivíduos que sabem que têm uma predisposição ao desenvolvimento de tumores — seja por histórico familiar ou exame genético —, a indicação é que esses cuidados comecem o quanto antes e sejam acompanhados de perto por uma equipe de profissionais.
Prevenção
A formação dos tumores se dá no âmbito genético, portanto, é impossível controlar sua ocorrência. Mas isso não impede que as pessoas se previnam contra o câncer ao adotar um estilo de vida sem fatores de risco à doença, como:
- Não fumar;
- Beber com moderação;
- Utilizar protetor solar;
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Ter uma alimentação balanceada e natural.
Revisão técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em Clínica Médica, Medicina Interna, Cardiologia e Ecocardiografia. Cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Albert Einstein.