Descubra os riscos da falta de vitamina D para o organismo

6 minutos para ler

A falta de vitamina D se relaciona com uma série de doenças, entre elas, a depressão, uma doença mental multifatorial. Isso é explicado porque uma das diversas funções desse hormônio é regular o sistema nervoso. É por isso que se expor esporadicamente ao sol e por um certo tempo desperta uma maior sensação de bem-estar.

Sem tempo para ler? Clique no play abaixo para ouvir esse conteúdo.

Você costuma passar muito tempo em ambientes fechados, e sempre se desloca de carro? Esse é mais um motivo para entender os perigos da deficiência de vitamina D. Como visto, as razões vão além da maior propensão a sofrer transtornos mentais. Afinal, esse hormônio também atua na formação dos ossos e do sistema imunológico, entre outros. 

Quer saber mais sobre o que a falta de vitamina D pode fazer — ou até já faz — com o seu organismo? Continue a leitura e fique por dentro para um maior cuidado com a sua saúde!

O que é a vitamina D?

Diferentemente das vitaminas obtidas por meio da alimentação, a vitamina D é um hormônio produzido pelo organismo. Assim como os demais hormônios, ela tem diversas responsabilidades, como a regulação da concentração de fósforo e cálcio. 

Sua principal atuação é na formação e manutenção da estrutura óssea, dando suporte aos órgãos e músculos. Logo, ela se relaciona com saúde óssea, o sistema nervoso e cerebral, a imunidade, o metabolismo e muito mais.

Para isso, o indivíduo deve se expor moderadamente ao sol e consumir alimentos específicos, como será explanado adiante.

Quais são os sintomas da falta de vitamina D?

O estímulo insuficiente na alimentação e, principalmente, dos raios solares pode causar deficiência de vitamina D. Isso é sinalizado pela fraqueza muscular e dor nos ossos, já que a regulação do cálcio e fósforo foi comprometida.

A longo prazo, isso contribui para o surgimento de doenças como a osteoporose, comum em pessoas acima dos 50 anos. Afinal, essa patologia é caracterizada pela perda progressiva da massa óssea, o que torna os indivíduos propensos a quedas e fraturas. 

A maior frequência dessa enfermidade no público mais velho é explicada porque, com o tempo, a produção de vitamina D pelo corpo diminui.

Outro sintoma costumeiro em pessoas mais velhas com falta de vitamina D é a contenção urinária, devido à fraqueza muscular. Além disso, a deficiência desse hormônio também gera a dificuldade em ganhar massa muscular.

Consequentemente, é possível que as pessoas sintam mais fadiga e falta de ar, mesmo ao executar atividades diárias. Ou seja, esse cansaço excessivo ao realizar demandas que não exigem tanto esforço físico e mental sinalizam a falta de vitamina D.

Ela também está relacionada com a maior propensão do indivíduo a infecções, como pegar gripes e resfriados com frequência. Afinal, o sistema imunológico não é tão eficiente quanto deveria. Por fim, a falta de regulação adequada do sistema nervoso por esse hormônio favorece transtornos como a depressão

Quais são os riscos da ausência de vitamina D?

Conforme mencionado, existe uma série de problemas associados à ausência de vitamina D, podendo afetar a qualidade de vida e o bem-estar.

No entanto, alguns deles são tão familiares para as pessoas, que muitos ignoram a gravidade por trás dos sintomas. O problema é que, a médio e longo prazo, podem surgir doenças graves. Saiba mais!

Osteoporose

A citada osteoporose é uma doença grave, sendo responsável por 9 milhões de fraturas mundiais, segundo dados da International Osteoporosis Foundation (IOF).

Além das fraturas, essa patologia eleva o risco de quedas, principalmente em idosos. Inclusive, essa é a 3ª maior causa de morte em pessoas acima dos 65 anos no Brasil, segundo a OMS.

Fragilidade imunológica

Como visto, a deficiência na atuação do sistema imunológico facilita o aparecimento de doenças, como resfriados. Contudo, se invasores estranhos mais resistentes invadirem o seu organismo, a fragilidade da imunidade pode diminuir a sua taxa de sobrevida.

Alteração do sono

A ausência da vitamina D também pode afetar a produção de hormônios, como a melatonina, atuante no ciclo do sono. Logo, é possível ter dificuldades para dormir, acordar no meio da noite e raramente se sentir descansado o suficiente.

Esse problema pode parecer inofensivo, mas a médio e longo prazo eleva os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes e muitas outras.

Como saber se você está com deficiência de vitamina D?

A identificação da falta desse hormônio ocorre com atenção aos sinais emitidos pelo corpo. Entre eles, dor muscular, queda de cabelo, adoecimento frequente, alterações no sono, cicatrização mais lenta etc. 

Ao perceber esses sinais, é importante procurar um médico, como o clínico geral ou endocrinologista. Eles são os mais indicados para diagnosticar e propor um tratamento eficiente.

Além disso, é importante fazer check-ups regulares, mesmo sem sintomas, para evitar maiores problemas futuros.

Como repor a vitamina D?

Para que a reposição da vitamina D ocorra, é preciso que o indivíduo se exponha à luz solar. A indicação de quantidade de tempo varia conforme o tom de pele — isto é, peles claras podem fazer isso até 3 vezes por semana, de 15 a 20 minutos. Por outro lado, a recomendação para quem tem pele escura é de 3 a 5 vezes por semana.

O horário mais recomendado é das 10:00 às 15:00, seja qual for o tom de pele. Por fim, o rosto deve ser sempre protegido com filtro solar — assim como as demais partes do corpo, após alguns minutos.

No entanto, se além da pele, você tiver olhos e cabelos também claros, existem mais riscos de câncer de pele, sendo mais indicado a suplementação da vitamina D. Ela é prescrita por nutricionista ou médico, quando necessário.

Além da exposição solar, existem nutrientes fontes de vitamina D, como gema de ovo, cogumelos, atum, leite fortificado etc.

Então, entendeu quais são os riscos da falta de vitamina D e como ela é essencial para o organismo? Por isso, é igualmente importante consultar um médico com regularidade para avaliar a sua saúde e, se necessário, propor o tratamento mais adequado. 

Aproveite a visita para acessar outro conteúdo sobre saúde e qualidade de vida: descubra como se alimentar bem!

Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

Posts relacionados