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Câncer é o nome genérico utilizado para mais de 200 tipos de variação da doença. Esse grupo das neoplasias malignas é a segunda maior causa de mortes no mundo, depois das doenças cardiovasculares. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), até 2025, mais de 700.000 novos casos de câncer serão diagnosticados no Brasil.
Como surge o câncer: descontrole na reprodução das células
O termo neoplasia se refere ao crescimento anormal, ou fora de controle, das células corporais que dá origem a um tumor, que pode ser benigno ou maligno. A diferença é que os tumores malignos têm crescimento rápido e desordenado e são compostos por células com características diferentes daquelas encontradas em um tecido normal.
Em alguns casos, as células podem se desprender do tumor original e se disseminar para outras partes do corpo, em um processo conhecido como metástase, um sinal de que a doença se espalhou pelo organismo. Com exceção das neoplasias cutâneas malignas que não são melanoma, o câncer de mama, de cólon, de pulmão e de próstata estão entre os mais frequentes.
O que está por trás do aparecimento do câncer
Temos milhões de células que nascem, crescem e morrem em um processo contínuo e organizado de renovação que funciona como um relógio. A atividade celular começa no útero materno e é mais acelerada nos primeiros anos de vida, justamente para permitir que o organismo se desenvolva. Na fase adulta, a renovação celular responde pela reparação de danos, substituindo as células que morreram ou que estão desgastadas.
Com o passar dos anos, porém, esse processo se torna mais lento, o que nos deixa mais vulneráveis a várias doenças – o câncer entre elas. É por isso que a longevidade está relacionada ao aumento de neoplasias malignas. Para ter uma ideia, a expectativa média de vida dos brasileiros é 77 anos, segundo a última projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Duas décadas atrás, a média era de 70 anos.
A influência dos genes e estilo de vida no aparecimento do câncer
A hereditariedade pode ser um fator desencadeante para o aparecimento do câncer e, embora não seja determinante, responde por cerca de 10% dos casos. Um estilo de vida pouco saudável também pesa nessa conta – dietas ricas em gorduras e carnes vermelhas, obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool, por exemplo, são fatores de risco para seu surgimento.
Diagnóstico e tratamentos do câncer
Uma em cada cinco pessoas ao redor do mundo vai desenvolver câncer ao longo da vida e a prevenção da doença é um dos maiores desafios de saúde pública no mundo. O alerta é da International Agency for Research on Cancer (IARC), entidade que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A oncologia, que é a especialidade médica que estuda as neoplasias, conta com métodos diagnósticos cada vez mais precisos que são capazes de detectar a doença em casos que há alguns anos passariam despercebidos.
A detecção precoce, aliás, é fundamental para o sucesso na luta contra o câncer. O arsenal de tratamentos também vem evoluindo bastante e inclui cirurgias para a extirpação do tumor; administração local ou sistêmica de medicamentos (caso da quimioterapia, das terapias-alvo e da hormonioterapia, para citar três exemplos); e a aplicação de radiação nas áreas atingidas. A proposta terapêutica, que pode incluir associação de tratamentos, varia de acordo com cada caso.
Acompanhe a nossa série Entendendo o Câncer para conhecer mais informações sobre os diferentes tipos de neoplasias malignas, seus sintomas e tratamentos.
Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em Clínica Médica, Medicina Interna, Cardiologia e Ecocardiografia. Cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Albert Einstein.