Erisipela: o que é e como tratar?

4 minutos para ler

A erisipela é uma infecção cutânea causada pela bactéria Estreptococo. Normalmente, a porta de entrada é uma micose entre os dedos. Essa infecção afeta diretamente a derme, ou seja, a camada intermediária da pele. Seus sintomas predominantes incluem coceira, inchaço, formação de bolhas e, por fim, necrose da pele. Neste artigo, saiba como identificar e tratar essa condição!

O que é erispela?

A erisipela é uma infecção cutânea que, na maioria dos casos, é causada por uma bactéria (estreptococo beta-hemolítico do grupo A). Essa infecção afeta a derme, a camada intermediária da pele, bem como o tecido celular subcutâneo (panículo adiposo), com um notável envolvimento dos vasos linfáticos. A condição é considerada uma forma superficial da celulite infecciosa.

Como se pega erisipela?

A doença não é transmissível. O contágio está vinculado a um fator chamado “porta de entrada”, que inclui lesões e áreas da pele que, por estarem sensibilizadas, facilitam a penetração da bactéria. Úlceras venosas crônicas, frieiras, picadas de insetos, ferimentos e a manipulação inadequada das unhas funcionam como portas de entrada. Uma vez dentro da pele, a bactéria se dissemina rapidamente.

Quem pode ter o problema?

Indivíduos com baixa imunidade, obesidade e circulação sanguínea comprometida têm uma maior suscetibilidade ao problema. Diabéticos e idosos constituem o grupo de risco mais relevante, uma vez que, mesmo que não apresentem excesso de peso, frequentemente apresentam as outras duas condições.

Tem como prevenir o contágio?

Sim, é fundamental manter uma higiene adequada, especialmente entre os dedos dos pés, que precisam permanecer sempre secos. Indivíduos com propensão a inchaço nas pernas devem evitar ficar prolongadamente em uma única posição (de pé, imóvel ou sentado).

Em situações específicas, o uso de meias elásticas é recomendado, além de elevar as pernas sempre que possível, pois essa prática auxilia na prevenção do edema.

Como fica a perna com erisipela?

Frequentemente, a doença tem um início súbito e, antes que as lesões surjam, desencadeia sintomas de mal-estar geral, febre e calafrios. Na ausência de tratamento, a erisipela pode resultar em abscessos e feridas nas pernas, podendo ser superficiais ou profundas, e causando vermelhidão, sensibilidade, inchaço e aumento da temperatura na região afetada.

À medida que a doença progride, podem se formar bolhas, ocorrer escurecimento da área atingida e, em situações mais graves, a erisipela pode evoluir para um estado de sepse, uma infecção generalizada com potencial letal.

Como é feito o tratamento?

O tratamento deve sempre ser supervisionado por um médico, que irá prescrever antibióticos para erradicar a infecção e reduzir o inchaço nas pernas, além de medicamentos específicos para tratar as lesões. Em fases iniciais, também pode ser recomendado repouso absoluto com as pernas elevadas.

Além disso, o médico fornecerá orientações sobre como realizar a higienização das áreas afetadas a fim de evitar reinfecção. Pode haver recomendações de medicação de apoio para aliviar os sintomas, como analgésicos, anti-inflamatórios e remédios para reduzir a febre, bem como medicamentos que atuam na melhoria da circulação linfática e venosa.

Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, médico do pronto atendimento e corpo clínico, preceptor da residência em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.

Posts relacionados