Esclerose múltipla: descubra mais sobre essa doença neurológica

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A esclerose múltipla é uma doença autoimune neurológica que está afetando cada vez mais as pessoas, sobretudo, os jovens. Trata-se de uma doença desmielinizante, crônica e autoimune causada por inflamações degenerativas e motivada por fatores genéticos e ambientais.

Esse agravo atinge o sistema nervoso central. Além disso, não tem cura, e precisa de controle constante dos sintomas para impedir sua progressão e melhorar a qualidade de vida de seus portadores. 

Neste post, você vai entender o que é e quais as causas dessa doença, além de descobrir quais os principais sintomas e dicas para identificá-la e tratá-la o mais breve possível. Continue a leitura e confira!

O que é a esclerose múltipla?

A esclerose múltipla pode ser considerada uma doença genética rara, autoimune e incurável. Essa condição faz com que o sistema imunológico se confunda e ataque células saudáveis do nosso sistema nervoso central, acometendo o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal.

Em síntese, o organismo realiza o processo de desmielinização, ou seja, o próprio corpo se volta contra a mielina (nome dado à camada protetora que envolve os neurônios) e, com isso, compromete as funções do sistema nervoso como um todo.

O que causa a esclerose múltipla?

No geral, a EM afeta, principalmente, mulheres jovens adultas, com idade entre 20 e 40 anos. Os fatores de risco para essa doença podem ser genéticos ou ambientais, tais como infecções virais, falta de vitamina D, exposição a solventes orgânicos, tabagismo e obesidade. Vale ressaltar que adolescentes são os mais vulneráveis a essas exposições ambientais.

As causas dessa doença ainda são desconhecidas. O que se sabe, porém, é que sua evolução é diferente para cada indivíduo. Além disso, é mais provável que pessoas com pele clara e que vivem em áreas onde há pouca incidência de luz solar sofram com esse tipo de doença.

Quais são os sintomas dessa doença?

Os sinais da EM variam de acordo com o estágio em que a doença se encontra, podendo, inclusive, deixar a pessoa incapacitada de andar ou falar normalmente. Essa é uma condição predominantemente remitente-recorrente, ou seja, caracteriza-se por surtos e melhoras, independentemente do tratamento.  

A seguir, você vai descobrir quais são os sintomas mais comuns para facilitar na hora de identificar a esclerose múltipla. Vamos lá?

Fadiga intensa

Nesses casos, o paciente sente um cansaço extremo e temporariamente incapacitante após a realização de qualquer esforço físico. Pode ser confundida com fraqueza muscular ou, até mesmo, depressão, sendo essa a maior causa de desemprego entre os portadores de EM.

Dificuldade de equilíbrio e da coordenação motora

Perda de equilíbrio, instabilidade ao andar (ataxia) e fraqueza muscular estão, geralmente, associados à esclerose múltipla. Caso sinta algum desses sintomas, não hesite em agendar uma consulta com um profissional da área para saber o que está acontecendo com seu corpo.

Rigidez muscular e espasmos

A espasticidade é uma característica da esclerose múltipla que faz com que os membros do corpo, principalmente, inferiores, se enrijeçam e causem desconfortos. São mais comuns as sensações de queimação, formigamento e dores musculares.

Problemas de visão

Em casos de EM, a visão costuma ficar embaçada ou dupla (diplopia), pois a doença atinge o nervo óptico, o qual carrega a informação visual da retina para o cérebro. O grau desse problema depende do caso individual, podendo levar, inclusive, à total cegueira do paciente.

Problemas emocionais

É comum sintomas como depressão, falta de motivação, irritabilidade, ansiedade e alterações de humor. Isso acontece porque a EM é uma doença que pode ser incapacitante e imprevisível, causando diversos transtornos emocionais e preocupações em seus portadores.

Problemas de memória e atenção

As funções cognitivas mais afetadas são a memória e a execução de tarefas. Pacientes com esclerose múltipla podem apresentar esses problemas em qualquer estágio da doença. Por isso, é importante sempre fazer testes e exames para saber como está sua memória e ter atenção a qualquer complicação que possa surgir.

Como é feito o diagnóstico e quais os tratamentos para a EM?

Primeiramente, o diagnóstico pode ser feito por um médico clínico-geral. Em caso positivo, é recomendado que um médico neurologista seja consultado. Para fazer o diagnóstico, os profissionais analisam os sintomas e os resultados de exames físicos complementados pela ressonância magnética.

Embora essa doença não tenha cura, os tratamentos ajudam a controlar os sintomas e a diminuir sua progressão. São feitos por meio da terapia medicamentosa, na qual os corticosteróides imunossupressores ajudam a impedir o sistema imune de atacar a bainha de mielina, amenizando os sintomas.

Além disso, vem sendo utilizado o tratamento à base de cannabis para os espasmos e as dores que a esclerose múltipla pode causar no paciente. O canabidiol (CBD) é recomendado, até mesmo, para crianças e idosos, por não oferecer efeitos psicoativos.

Existem, ainda, hábitos que podem ser adotados para amenizar os sintomas da EM, como a prática de exercícios físicos e a fisioterapia. Com a regularidade dessas atividades, há melhora na saúde cardiovascular, mental e muscular, além de auxiliar no equilíbrio e na coordenação motora.

Em resumo, a esclerose múltipla é uma doença que acomete, em sua maioria, mulheres jovens e indivíduos com falta de vitamina D. Sua causa, porém, ainda é desconhecida no meio científico. Apesar de sabermos alguns fatores de risco, é preciso mais estudos para verificar o porquê de ela acontecer.

Trata-se de uma doença autoimune e que não tem cura, por isso, seus sintomas devem ser controlados por meio de tratamentos adequados para amenizar as dores que o paciente pode sentir ao longo da vida, melhorando seu bem-estar físico, psicológico e emocional.

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Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituo Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

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