Descubra o que fazer em caso de fratura óssea

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Você chegou a este artigo por ter sofrido uma fratura óssea ou porque alguém próximo passou por esse tipo de problema, certo? Antes de mais nada, uma recomendação importante para lidar com o acidente é manter a calma. Neste artigo, passaremos algumas informações relevantes sobre o tema.

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Esse material também é válido para quem tem apenas curiosidade e querer saber exatamente como lidar em uma situação como essa, caso aconteça. Continue a leitura e saiba o que são fraturas, como elas são tratadas e, principalmente, o que fazer caso você ou alguém próximo frature um osso. Siga as dicas e tudo vai ficar bem!

O que são fraturas ósseas?

De modo mais técnico, a fratura óssea pode ser definida como a “perda da continuidade” de um osso. No entanto, de modo mais claro, elas são caracterizadas pela quebra ou rompimento da estrutura óssea.

Fraturas podem acontecer por diversas razões, sendo algum tipo de trauma (pancadas, quedas, acidentes em geral) a principal delas. No entanto, esse não é o único motivo. Doenças, como a osteoporose, podem enfraquecer o tecido ósseo e fragilizá-lo, fazendo com que as quebras aconteçam por muito menos do que isso.

Quais são os tipos de fraturas?

Você sabia que há muitos tipos de fratura óssea? Cada um tem as suas próprias características e exige tratamentos distintos. Confira alguns deles, logo a seguir!

Simples

As faturas simples são as menos complexas. Nelas, o osso é atingido, enquanto todas as outras estruturas são preservadas.

Complicadas

Como o nome indica, esse tipo de fratura é um pouco mais complexa. Nela, há lesão também em estruturas que estão em volta do osso, como os músculos e os nervos.

Expostas

É um dos tipos mais extremos de fratura óssea, no qual a pele é perfurada e o osso é visualizado. Muitas vezes, há danos a outras estruturas, também. 

Incompletas

Nesse caso, não há uma fratura completa, ou seja, a continuidade do osso não foi prejudicada. No entanto, podem acontecer “trincados” e machucados que geram dor, desconforto, e demandam um tratamento específico. 

Elas ainda podem ser divididas em traumáticas (quando são causadas por um trauma) ou patológicas (quando a razão é uma doença), como vimos.

Quais são os sinais de fratura óssea?

Agora, chegou a hora de você entender quais são os principais sintomas das fraturas ósseas. A partir disso, é possível identificar se você ou alguém próximo pode ou não estar passando por isso no momento. Vamos lá?

Os principais sintomas da fratura óssea são:

  • dor, normalmente, muito intensa;
  • edema (inchaço);
  • vermelhidão;
  • aumento da temperatura na região;
  • dormência;
  • hematomas (presença de sangue “preso” sob a pele);
  • incapacidade de movimentar a área machucada.

No entanto, fique de olho: nem sempre esses sintomas são uma certeza de que aconteceu uma fratura. Por isso, é importante ir a um pronto atendimento e buscar um diagnóstico preciso.

Como elas são diagnosticadas?

De modo geral, as fraturas são facilmente identificadas. É bem provável que o profissional consiga determinar o problema a partir do relato dos sintomas do paciente e de uma avaliação física simples.

No entanto, para que o diagnóstico seja fechado, é imprescindível a realização de exames de imagem, como os raios-X. Ele vai nos dizer como é essa fratura óssea e será crucial para que a imobilização do osso seja feita da forma correta, além da decisão de quais serão os próximos passos. Outros exames, mais específicos, também podem ser solicitados.

Como proceder se ocorrer uma fratura óssea?

Acha que pode estar lidando com uma fratura óssea? Tenha calma! A seguir, confira um passo a passo do que deve ser feito.

Confira o estado geral

O primeiro passo é respirar fundo e verificar como o paciente está. Lúcido? É capaz de responder a qualquer tipo de questionamento? Há sangramentos? Obtenha o máximo de informações possíveis rapidamente e vá para a próxima etapa.

Estanque possíveis sangramentos

Caso houver sangramentos, é importante estancá-los com um tecido limpo, fazendo pressão sobre o machucado. Caso não seja necessário, mantenha cortes e ferimentos variados também cobertos com uma gaze, por exemplo.

Mantenha o membro afetado o mais imóvel possível

Nada de tentar imobilizações ou, até mesmo, colocar o membro no lugar. Isso pode fazer mais mal do que bem, mesmo em momentos de dor como esse. O ideal é ficar o mais imóvel possível e aguardar a chegada do socorro.

Ligue para o serviço de emergência

Com tudo isso feito, é hora de ligar para o Samu. O número de telefone é 192 e, na ligação, você descreverá o acontecido. Tente oferecer o máximo de detalhes possível, para que eles já cheguem preparados até o local.

Quais são os tratamentos para esse problema?

O tratamento dependerá do caso. Ele poderá envolver:

  • imobilização;
  • uso de tala e gesso;
  • aplicação de gelo;
  • cirurgia.

Lembrando que no caso de fraturas expostas, há também uma preocupação extra com a infecção no local afetado, já que há a exposição de tecidos que ficam por baixo da pele. Nesses momentos, antibióticos podem ser prescritos. Portanto, não estranhe e siga a recomendação médica!

Como o repouso deve ser feito?

Não há como saber o tempo que uma fratura demorará para cicatrizar. A verdade é que cada pessoa tem o próprio ritmo, e que ele varia de acordo com fatores genéticos, idade, presença ou não de doenças concomitantes e outros.

O tempo de recuperação pode ser de apenas algumas semanas até muitos meses. O local da fratura também importa muito e, em alguns casos, a realização de fisioterapia e outros tipos de tratamento podem ser necessários.

No entanto, algo que fará toda a diferença em sua recuperação é o repouso. Siga as orientações do médico responsável e evite algumas atividades que exijam movimentação excessiva do membro afetado. Dê tempo ao tempo!

Então, as informações trouxeram mais tranquilidade? Lidar com fraturas ósseas pode ser algo assustador — certamente, essa é uma experiência bastante dolorosa —, mas tudo vai ficar bem. Siga as orientações de um profissional da saúde e, em breve, a situação voltará ao normal.

Em caso de dúvidas ou se precisar de algum tipo de orientação, fique à vontade para entrar em contato com o Hospital Israelita Albert Einstein. Estamos aqui para ajudar no que for possível! 

Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

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