Insolação: conheça 8 fatores de risco para insolação

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A hipertermia por insolação é um quadro de exaustão do organismo causado pelo excesso de calor e exposição ao sol, no qual a temperatura corporal ultrapassa 40 graus. Ocorre quando seu corpo absorve mais calor do que libera.  

O suor é o mecanismo de resfriamento natural do seu corpo, mas às vezes a transpiração não é suficiente para manter seu corpo em uma temperatura normal.  

Quando isso acontece, a temperatura do seu corpo pode subir e há risco de sequelas permanentes e complicações sérias, como o comprometimento de órgãos vitais, incluindo rins e cérebro, além de coma e morte. O esforço físico em clima muito quente e úmido é a causa mais comum de hipertermia.  

O que causa a Hipertermia? 

Com a elevação da temperatura corporal, ocorre perda acelerada de água, sais e nutrientes importantes para o equilíbrio do organismo. A evolução do quadro pode ser rápida, por isso é importante acionar atendimento médico de urgência, assim que surgirem sintomas graves. Os primeiros socorros devem ocorrer no local.  

Fatores de risco

Ambientes quentes e situações que provocam aumento rápido de temperatura corporal elevam o risco de insolação. Tais como:  

  • Ter mais de 65 anos ou menos de 4 anos. Recomenda-se atenção especial a crianças e idosos;  
  • Exposição ao sol por muitas horas seguidas;  
  • Praticar atividades físicas extenuantes (que causam esgotamento físico);  
  • Excesso de roupas durante o calor;  
  • Não se hidratar adequadamente;  
  • Ingestão excessiva de cafeína e bebidas alcoólicas no calor, que favorecem a desidratação;  
  • Uso de medicamentos para pressão alta, diuréticos, antidepressivos e antipsicóticos;  
  • Gastroenterite;  
  • Ter certas condições médicas, como problemas no coração, pulmões, rins, fígado, tireoide ou vasos sanguíneos,   
  • Estar acima ou abaixo do peso.  

Sintomas

Quando a insolação ainda está nos estágios iniciais, os primeiros sintomas podem ser:  

  • Tontura;  
  • Dor de cabeça;  
  • Náuseas;  
  • Pele quente e seca;  
  • Pulso acelerado;  
  • Temperatura corporal elevada;  
  • Distúrbios visuais;  
  • Confusão mental.  

Conforme a insolação evolui, sintomas mais graves podem se manifestar. São eles:  

  • Dificuldade para respirar;  
  • Palidez e desmaio;  
  • Convulsão;  
  • Temperatura muito elevada;  
  • Fraqueza muscular;  
  • Coma;  
  • Morte.  

Tratamento

Como o quadro de insolação pode evoluir muito rapidamente, os primeiros socorros podem evitar sequelas e complicações relevantes. O primeiro passo é retirar a pessoa da exposição ao sol e, se possível, levá-la a um local com temperatura mais amena e boa ventilação.   

Recomenda-se remover o máximo de roupas, manter a cabeça elevada (se a pessoa estiver consciente), oferecer água fria e outras bebidas (exceto alcoólicas). Se necessário, sob cuidado médico, pode ser feita hidratação venosa.   

Também é recomendado borrifar água na pele, para auxiliar na queda da temperatura, e aplicar compressa de água fria na testa, axilas, pescoço e virilha. Quando possível, a pessoa pode tomar um banho frio.   

Após os primeiros socorros, o médico pode investigar se houve comprometimento de algum órgão. Para isso, ele deve solicitar exame de urina, teste de função muscular, exames de imagem e hemograma.   

Prevenção

Para evitar insolação, mantenha a hidratação, evite exposição prolongada ao sol, especialmente no horário de pico (entre 10h e 16h), use roupas leves e protetor solar; cuidado com o excesso de atividades físicas no calor, especialmente quando o tempo estiver seco; consuma alimentos leves e, em dias quentes, também evite períodos prolongados dentro do carro. 


Revisão técnica : Sabrina Bernardez Pereira, Médica da Economia da Saúde Hospital Israelita Albert Einstein, especialista em Cardiologia pela SBC; doutorado em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal Fluminense  

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